Folha de Londrina

BOLA PRO MATO

- por Thiago Mossini

Perder ou ganhar é normal, mas o problema é a falta de poder de reação do LEC.

Você, caro torcedor do Londrina, sabe escalar o time titular do Tubarão? E me dizer qual é o padrão de jogo desse time? Quem é o jogador que decide, que pega a bola e diz “dá aqui que eu resolvo”? Não tem essas três respostas, não é? Pois é. Eu também não tenho. E é um time nesta situação que entra em campo na noite desta terça-feira (29) para enfrentar o maior rival. Ter pela frente um dérbi regional em um momento de crise pode ser ótimo ou péssimo. Uma vitória sobre o Coritiba pode colocar ordem na casa, esconder as falhas e recuperar a confiança dos jogadores, dar moral. Por outro lado, um revés pode afundar de vez a equipe.

Enquanto as consequênc­ias do clássico não estão definidas, é preciso falar sobre o que o antecede, e o quadro é desanimado­r. Assim como eu e você, que estamos sem combustíve­l para cumprir nosso trajeto diário, o Londrina parece sem gás também para reagir. Enquanto nós apostamos na reserva para nos salvar nestes dias de tanque vazio, o técnico Marquinhos Santos não conseguiu tirar nada dos reservas. Entra jogador, sai jogador e nada de o time mudar.

Perder ou ganhar é normal no futebol, mas o problema é a falta de poder de reação do Londrina. O time nos passa a impressão de que pode jogar uma semana seguida, ininterrup­tamente, e as coisas vão continuar como estão: apatia, fraqueza, falta de inspiração, de indignação com a fase ruim, de vontade de vencer. O técnico já usou nove atacantes diferentes em sete jogos. NOVE. E até agora o time fez quatro gols apenas na competição, sendo que apenas dois foram de jogadores do setor ofensivo. Isso é inadmissív­el. A culpa é só deles? Claro que não. Para fazer os gols, é preciso criar, e criar não tem sido algo muito corriqueir­o na vida alvicelest­e este ano.

Claro que o primordial agora é ganhar para não entrar na zona de rebaixamen­to e acalmar os ânimos. Mas não é uma vitória apenas que vai resolver os problemas do Londrina na Série B. O time (jogadores, comissão técnica e diretoria) precisam mostrar o que querem da vida em 2018.

Vale a pena assistir

Para quem gosta de futebol e quer matar a saudade de monstros da bola, aí vai uma dica: a série “Minha Rota”, da ESPN. São três episódios, contados em primeira pessoa, relembrand­o a história de três ídolos. O argentino Mario Kempes, um dos líderes da seleção argentina campeã da Copa de 1978, protagoniz­ou o primeiro deles. O segundo foi com o brasileiro Alex, ex-Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba. Ambos já foram ao ar, mas podem ser vistos no WatchESPN, plataforma online de vídeos da emissora. O terceiro será com o ex-atacante Hugo Sánchez, o maior nome do futebol mexicano, e será apresentad­o em agosto. É emocionant­e.

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