Folha de Londrina

PC apreende arma do mesmo modelo usado contra Marielle

- Roberta Pennafort Agência Estado

Rio - Um confronto balístico irá determinar se a submetralh­adora HK-MP5 apreendida pela Polícia Civil numa ação contra milicianos em Itaguaí, na Baixada Fluminense, na tarde quarta-feira, 30, foi usada para matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março.

De fabricação alemã, a submetralh­adora, encontrada num apartament­o vazio do condomínio Zafira, do programa Minha Casa Minha Vida, na localidade de Chaperó, estava junto a outros armamentos da milícia que domina o conjunto: uma metralhado­ra, quatro pistolas, dois revólveres e munição. Diferentem­ente das demais, a HK-MP5 dificilmen­te é apreendida no Rio.

O modelo é utilizado pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar e pela Coordenado­ria de Operações Especiais da Polícia Civil do Rio, além de grupos de elite das Forças Armadas. Desde que a reconstitu­ição do crime, no dia 11, confirmou o tipo da arma do atirador de Marielle, foi determinad­a uma perícia em todas aquelas de que as forças de segurança dispõem atualmente.

A submetralh­adora HKMP5 será periciada pelo ICCE (Instituto de Criminalís­tica Carlos Éboli). “Vai ser feito o confronto balístico com o projétil recuperado, que está amassado, e com estojos. Por microcompa­ração, será possível identifica­r as ranhuras, que são individual­izadas”, explicou nesta quinta-feira, 31, o promotor Jorge Luis Furquim, que investiga milícia em Itaguaí. “Se as marcas forem iguais ao que foi coletado na cena do crime, há a certeza absoluta. A nível microscópi­co, é possível saber com precisão”.

A apuração do caso Marielle está a cargo da Delegacia de Homicídios, e os passos da investigaç­ão são mantidos sob sigilo. O carro da vereadora foi atacado na região central do Rio.

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