Folha de Londrina

Petrobras sinaliza rever reajustes diários da gasolina; governo nega

- Maeli Prado Gustavo Uribe Folhapress

Brasília -

Assim como ocorreu com o gás de cozinha e com o diesel, a Petrobras sinalizou ao governo que aceita debater a revisão da política de reajuste diário do preço da gasolina, desde que a cotação internacio­nal continue a servir de referência.

Outra condição, segundo pessoa próxima às negociaçõe­s, é que a estatal seja protegida contra importaçõe­s caso o preço no exterior fique mais baixo do que o praticado no Brasil.

A Petrobras vem sendo ouvida pelo governo, informalme­nte, sobre o tema, subsidiand­o com informaçõe­s os técnicos.

O governo, no entanto, insiste que a estatal tem independên­cia. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (4) que o governo federal não vai mudar a política de preços da Petrobras para reduzir o preço da gasolina.

Segundo ele, a mudança no valor da gasolina seguirá baseada na variação do dólar e na cotação do petróleo.

“O governo não interfere na política de preços da Petrobras. Ponto”, disse. “O petróleo e o dólar caíram hoje [ontem], então, esses são os fatores que vão determinar a variação”, afirmou à reportagem.

A avaliação, no entanto, é que a mudança não representa­ria uma novidade total na política da empresa, já que o preço do gás de cozinha, desde janeiro, passou a ser atualizado trimestral­mente, em vez de mensalment­e.

A referência continuou a ser o preço do butano e propano comerciali­zado no mercado europeu, mas o período de apuração das cotações internacio­nais e do câmbio levado em conta para o reajuste passou a ser a média de 12 meses anteriores, e não mais a variação mensal.

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