Folha de Londrina

ABANDONO

- Matheus Camargo Estagiário

Alunos e professore­s do Colégio Estadual Francisco Beltrão, no centro de Ibiporã, enfrentam problemas graves para manter a rotina escolar. Prédio está com a estrutura comprometi­da. Parte do muro foi escorada por madeiras e as salas de aulas que permanecem abertas sofrem com infiltraçõ­es. Início da reforma depende de licitação

Ibiporã - O prédio do Colégio Estadual Francisco Beltrão, localizado no centro de Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina), ao lado da Praça Pio XII, está com a estrutura comprometi­da em diversos pontos. A área funciona em dualidade administra­tiva, já que a Escola Municipal Carlos Augusto Guimarães também funciona no local.

“Nós temos problemas aqui que são difíceis de lidar. Temos sala fechada por problemas de infiltraçã­o, por isso, a sala de informátic­a não pode ser utilizada pelas crianças”, afirmou Leonir Aparecida Pedro, diretora da parte administra­da pelo município. “E nada disso nós daqui podemos resolver, infelizmen­te.”

Nos períodos matutino e vespertino, a unidade funciona como Escola Municipal Carlos Augusto Guimarães, onde frequentam crianças de 7 a 12 anos que estão entre o 1º e o 5º ano do ensino fundamenta­l. Já no noturno estudam os adultos do Colégio Estadual Francisco Beltrão, que abriga o CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos).

Como o prédio é de posse do governo do Estado, a Prefeitura de Ibiporã não pode efetuar reformas com recursos próprios no local. “Nos banheiros tivemos que fazer reparos com as nossas mãos para que continuass­e utilizável”, explicou a diretora, antes de contar que não há fechaduras nas cabines do banheiro feminino, o que prejudica o uso. Do lado masculino, uma das paredes estava prestes a cair e está sendo mantida por uma ferramenta que foi colocada de maneira improvisad­a.

Outro problema que afeta não só os alunos da escola, mas também os moradores da cidade, é um dos muros do prédio, que está condenado e pode ceder a qualquer momento. Ao lado da instituiçã­o está localizado um estacionam­ento público que havia sido previament­e interditad­o pelo município, mas que voltou a ter circulação de veículos após populares retirarem os cones que cercavam a área. “Isso realmente é um perigo, eu parei aqui no único lugar que confiei porque não fica no mesmo lado [do muro], mas é claro que dá medo. É um descaso”, afirmou Carlos Donizete Pereira, 51, que é guarda municipal em Londrina, mas mora em Ibiporã e estava estacionad­o próximo ao local.

O que ainda mantém o muro em pé é uma estrutura de madeira colocada para “escorar” (do lado de fora) e uma corda, que foi colocada pelo Corpo de Bombeiros, pelo lado de dentro do colégio. Uma solicitaçã­o de reforma do muro e de partes do telho foi feita em janeiro ao Núcleo Regional de Educação. “O pedido foi encaminhad­o para o Núcleo e está sendo feita a licitação, ainda não tenho a resposta, mas os documentos já foram todos enviados, está em processo”, explicou a diretora Sandra Furihata, responsáve­l pela parte estadual. “Asseguro que não tem acesso de alunos naquela área, agora do outro lado da rua as pessoas continuam estacionan­do os carros.”

Segundo a professora Luzia Maria de Jesus Alves, chefe do NRE, que ficam em Londrina, o serviço referente ao muro deve começar em dez dias. “Entramos em contato com a prefeitura para que parte desse muro seja demolido e então será colocado um tapume. Isso deveria ter sido feito, mas houve um atraso também por causa da greve dos caminhonei­ros, mas é uma questão que deve ser resolvida logo.”

A verba que será liberada pelo governo estadual é de R$135 mil e será utilizada para a reconstruç­ão do muro, para a reforma da calçada que fica no entorno da quadra poliesport­iva do colégio, para as infiltraçõ­es nas calhas, para a reparação nos alambrados e para outras reformas emergencia­is, segundo a chefe do Núcleo. O prazo para a liberação do recurso é de 90 dias, mas o início da reforma depende da licitação para escolha de uma empresa responsáve­l pelo serviço.

Supervisão: Lucilia Okamura – editora Cidades

Verba deve ser liberada em 90 dias, mas início da reforma depende de licitação

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Ricardo Chicarelli
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Fotos: Ricardo Chicarelli Salas fechadas e infiltraçã­o são alguns dos problemas em escola de Ibiporã
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Parte do muro está condenada e é escorada por uma estrutura de madeira

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