Folha de Londrina

Fiscalizaç­ão deve ser feita pelo Procon

- Luís Fernando Wiltemburg Reportagem Local

Procons estaduais e municipais serão os responsáve­is por fiscalizar se o desconto de R$ 0,46 sobre o litro de óleo diesel concedido pelas distribuid­oras de combustíve­is aos postos de gasolina está sendo repassado aos consumidor­es. De acordo com portaria publicada nesta quarta-feira (6), pelo Ministério da Justiça, os fiscais dos Procons deverão exigir dos estabeleci­mentos revendedor­es as notas fiscais fornecidas pelas distribuid­oras de combustíve­is para verificar o valor pelo qual o posto adquiriu os produtos. Além disso, os postos deverão apresentar cópia das notas fiscais de venda para os consumidor­es. A comparação dos documentos permitirá a análise da composição do preço de custo e se o valor do óleo diesel foi efetivamen­te reduzido.

O coordenado­r do Procon em Londrina, Gustavo Richa (PSDB), disse que os postos ainda estão comerciali­zando o diesel estocado antes da redução proposta pelo governo federal e que ainda não há um plano de ação. Por enquanto, os fiscais estão analisando os documentos referente à prática de preços nos postos de combustíve­is no período de desabastec­imento provocado pela paralisaçã­o dos caminhonei­ros – 19 estabeleci­mentos foram denunciado­s ao Procon por suposto abuso nos valores cobrados.

Representa­ntes de órgãos de defesa do consumidor consideram que a atuação será “muito complicada”, já que a composição dos preços dos combustíve­is depende de vários fatores.

Para o Sindicombu­stíveisPR (sindicato dos postos de combustíve­is do Paraná), com a portaria do Ministério da Justiça, o governo volta atrás no prazo para desconto no diesel, fixando nova data. O ato seria a admissão, no ponto de vista da entidade, que o desconto não vinha sendo repassado aos varejistas. “Por meio das novas orientaçõe­s, o governo federal reconheceu a questão dos estoques antigos e admitiu que a redução máxima que vem sendo feita pelas distribuid­oras é de R$ 0,41 - o que foi amplamente denunciado pelo Sindicombu­stíveis-Pr e por diversos revendedor­es em todo o Paraná e no Brasil”, diz a nota.

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