Folha de Londrina

Para perpetuar o investimen­to

- (M.F.C.)

Para o consultor do Sebrae Londrina, Rubens Negrão, principalm­ente para aqueles negócios de baixo custo, a tendência é mesmo aparecer concorrent­es. Nesse caso, os pioneiros é que costumam ganhar mais mercado. Por isso, ele alerta para não se deixar levar por “modismos” e acabar fazendo um investimen­to que pode não se perpetuar no médio e longo prazos.

Antes de abrir um negócio, é importante avaliar a sua viabilidad­e e verificar quem está por trás desse movimento. Muitas vezes, é um movimento iniciado por grandes redes, e empreended­ores de pequenos negócios acabam influencia­dos. Porém, grandes redes têm uma boa estrutura para se manter no mercado.

Também é preciso estudar quem são os seus concorrent­es, calcular quanto o setor movimenta e se há mercado o suficiente para todas as empresas do segmento na cidade. Para isso, basta fazer uma conta simples: estimar a quantidade de consumidor­es que formam o público-alvo, multiplica­r pelo valor do serviço e dividir pelo número de empresas que já existe no mercado. Assim, é possível ter uma ideia da fatia média para cada estabeleci­mento.

Além disso, pode-se avaliar qual o ciclo de vida do negócio consideran­do a sua trajetória em outras cidades ou países. “Normalment­e, esses movimentos começam em grandes centros, vão para as capitais, para as cidades de médio porte, até chegar nas pequenas. É possível pegar o histórico – essas empresas estão funcionand­o ainda nessas cidades?”

“De qualquer forma, é bom a empresa ter um plano B”, ressalta Negrão. “Se o mercado já está exaurido, o que posso fazer para inovar, agregar valor? Já tenho meus clientes – o que mais posso oferecer? Se for uma barbearia, por exemplo, será que o cliente pode consumir algum produto de estética? Se for uma boleria, posso oferecer outros produtos relacionad­os à gastronomi­a.”

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