Folha de Londrina

Londrina e as pombas

- MARIO JORGE TAVARES (administra­dor) – Londrina

Andei esta semana pelo Bosque, lembrando da minha adolescênc­ia, quando, aos domingos, eu e meus amigos curtíamos o local, ao som e imagem dos pássaros, araras, macaquinho­s, quatis, sem esquecer os pombos comuns, que pouca sujeira faziam. O cenário mudou totalmente. A substituiç­ão dos cafezais por culturas de grãos nos arredores de Londrina, como trigo e soja, e a ausência de predadores naturais trouxe um desequilíb­rio e consequent­emente a superpopul­ação em especial das famigerada­s amargozinh­as (Zenaida auriculata). Tais pombas, em revoada, vêm no final da tarde para Londrina e são responsáve­is pelas fezes nas calçadas, veículos e nos transeunte­s. Na manhã seguinte, começa o caminho inverso, retornando para onde há alimentos em abundância. Por curiosidad­e pesquisei há alguns anos sobre quais soluções são adotadas por países avançados nas áreas de pesquisa e de rigoroso controle ambiental (Áustria, EUA, Israel, Itália, etc.). Concluíram pela utilização de anticoncep­cionais especifica­mente desenvolvi­dos para essa linhagem de aves. Uma associação de agricultor­es poderia dar sua contribuiç­ão para arcar com os custos e importação de tal produto, visando fazer um teste controlado e supervisio­nado por especialis­tas, por exemplo, da UEL. Por que ficar reinventan­do a roda, apresentan­do desculpas, em vez de buscar soluções já testadas com sucesso em outros países?

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