Londrina e as pombas
Andei esta semana pelo Bosque, lembrando da minha adolescência, quando, aos domingos, eu e meus amigos curtíamos o local, ao som e imagem dos pássaros, araras, macaquinhos, quatis, sem esquecer os pombos comuns, que pouca sujeira faziam. O cenário mudou totalmente. A substituição dos cafezais por culturas de grãos nos arredores de Londrina, como trigo e soja, e a ausência de predadores naturais trouxe um desequilíbrio e consequentemente a superpopulação em especial das famigeradas amargozinhas (Zenaida auriculata). Tais pombas, em revoada, vêm no final da tarde para Londrina e são responsáveis pelas fezes nas calçadas, veículos e nos transeuntes. Na manhã seguinte, começa o caminho inverso, retornando para onde há alimentos em abundância. Por curiosidade pesquisei há alguns anos sobre quais soluções são adotadas por países avançados nas áreas de pesquisa e de rigoroso controle ambiental (Áustria, EUA, Israel, Itália, etc.). Concluíram pela utilização de anticoncepcionais especificamente desenvolvidos para essa linhagem de aves. Uma associação de agricultores poderia dar sua contribuição para arcar com os custos e importação de tal produto, visando fazer um teste controlado e supervisionado por especialistas, por exemplo, da UEL. Por que ficar reinventando a roda, apresentando desculpas, em vez de buscar soluções já testadas com sucesso em outros países?