Folha de Londrina

Uma vida dedicada à educação

Personagem importante na fundação de algumas escolas particular­es de Londrina, Jamil Hatti relembra sua bem-sucedida trajetória de estudante

- Marian Trigueiros Reportagem Local

Figura muito conhecida no meio escolar, o professor de inglês Jamil Hatti tem uma trajetória ligada ao empreended­orismo e educação na cidade. Nasceu e foi criado em São Paulo, de onde saiu na época da ditadura militar, em 1964. Seu primeiro aluno foi um vizinho, recém-chegado da Espanha, que teria uma entrevista em inglês e precisava estar fluente. Durante um mês passaram oito horas por dia praticando, o que rendeu seu primeiro salário. Em seguida, fez uma entrevista numa escola de inglês e começou na carreira. Quando fugiu de São Paulo, foi se esconder em Mandaguari e, em 1967, veio para Londrina, onde abriu sua primeira escola de inglês. Em 1969, junto com 14 acadêmicos de Medicina, inaugurou o Colégio Universitá­rio. Em 1970, o Colégio Canadá. Em 1986, fundaram o Maxi, no qual ficou até 1996, quando abriu o Cursinho Sigma. Veio em seguida o Prime e, por último, o Colégio Sigma. Após anos de experiênci­a e desafios, diz que a saga não acabou.

O que você mais gostava de fazer na escola quando criança?

Na fase infantil há mudanças constantes à medida que amadurecem­os. O mais marcante era brincar com os amigos.

Qual a melhor lembrança desse período de escola?

Ganhar Honra ao Mérito pelo meu desempenho. Sem modéstia, sempre estive entre os primeiros da turma.

Havia alguma matéria que gostava mais? E qual era a que gostava menos?

Vou surpreende­r os alunos de hoje: tive aulas de Inglês, Espanhol, Francês, Grego, além dos sete anos de Latim. Eram minhas preferidas. Daí, talvez, tenha vindo essa vocação para línguas. Claro que havia também a “malfadada” Química, a mais odiada.

Como era sua relação com os professore­s na infância?

Sempre muito saudável. Professore­s adoram bons alunos que aprendem e são dedicados.

Oque você gostava de comer na horado recreio?

Sanduíche que mamãe preparava. Havia, às vezes, troca de lanches.

Você já ficou de castigo ou levou bronca do professor alguma vez? Como foi?

Muitas vezes. Eu não era dos mais quietinhos. Entretanto, diferentem­ente dos dias de hoje, professore­s eram respeitado­s e admirados. Traumas... jamais!

Suas notas eram boas? Qual a disciplina que ia melhor?

Chato falar, mas sempre estive entre os três melhores. Deus foi generoso comigo. Tínhamos um pro- fessor de inglês inesquecív­el–P e. Anacleto Canabrava. Ele só falava em inglês comigo e devo a ele todo desenvolvi­mento da minha carreira.

Já gostava de escrever e ler quando criança?

Escrever só as tarefas obrigatóri­as. Todavia, os gibis do Fantasma e Capitão Marvel eram disputados por todos.

Quais eram os autores e personagen­s preferidos nessa época?

No primeiro momento, personagen­s da Disney. Mais tarde, Monteiro Lobato.

Quando criança, imaginava que teria essa profissão?

Não. Embora gostasse de ensinar meus colegas antes das provas, nunca pensei em ser professor. Entretanto, quando comecei a dar aulas, nunca tive dúvidas que essa era minha vocação.

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“Sempre estive entre os três melhores. Deus foi generoso comigo”, resume o professor

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