Maia diz que MP do frete não será votada
Brasília -
A crise do frete mínimo dos caminhoneiros, que vem atrasando a exportação de grãos e dificultando a obtenção de matéria-prima para a indústria, ganhou um novo elemento. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicou nesta quarta-feira (12)que a MP (medida provisória) que regula o tema, em análise no Congresso, dificilmente será votada
“É impossível fechar uma tabela de preço mínimo para o frete”, afirmou em entrevista após evento da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). “Esse debate vai continuar até que se perceba que não era a melhor solução.”
Assim, uma conquista que os caminhoneiros consideram histórica passa a sofrer dupla ameaça: a perda de vigor da MP, se não for votada no prazo, e a decretação de sua inconstitucionalidade, como pretendem ações impetradas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quarta, o ministro Luis Fux deu prazo de 48 horas para o governo se manifestar sobre a MP.
“Se o Supremo derruba ou Congresso não vota, a rua vai dizer”, disse o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. Ele reconhece que não teria, sozinho, condições de convocar uma greve em todo o País. Mas, disse, isso poderia acontecer “naturalmente”, como no mês passado.