Folha de Londrina

INVESTIGAÇ­ÃO

- Vitor Struck Reportagem Local

Câmara de Vereadores e MP apuram indícios de improbidad­e na Prefeitura de Rolândia. Denúncia é de recebiment­o de propina por servidores

O Ministério Público de Rolândia está ouvindo teste- munhas no inquérito que investiga o possível cometiment­o de improbidad­e administra­tiva na Prefeitura de Rolândia. O procedimen­to está sob sigilo, mas investiga uma denúncia de recebiment­o de propina por parte de secretário­s municipais e servidores públicos para a manutenção de contratos com empresas que prestam serviços à Prefeitura. Os nomes das empresas e as áreas em que elas atuam também não foram revelados. A promotora Lucimara Ferro confirmou que outras quatro pessoas vão ser ouvidas na semana que vem.

O Ministério Público de Rolândia deu início às investigaç­ões no mês passado e instaurou um inquérito civil em junho. Em seguida, ainda no início deste mês, a Câmara Municipal de Rolândia instaurou uma Comissão Parlamenta­r de Inquérito (CPI) para realizar as investigaç­ões no âmbito do Legislativ­o. A assessoria da Casa informa que, por enquanto, os vereadores não vão se manifestar, já que as oitivas estão sendo realizadas.

Integram a Comissão os vereadores Alex Santana (PSD), Irineu de Paula (PSDB) e João Gaúcho (PSC). Até agora uma testemunha foi ouvida pelos vereadores. À RPC TV o presidente da CPI, o vereador Alex Santana, informou que quatro empresas estariam na mira das investigaç­ões e que o esquema consistia no pagamento de 10% do faturament­o com os serviços prestados à Prefeitura aos agentes públicos investigad­os. À FOLHA, o vereador não quis se manifestar, alegando que a investigaç­ão corre sob sigilo.

Procurado pela reportagem, o prefeito do município vizinho de Londrina, Luis Franciscon­i Neto (PSDB), afirmou que ele é o maior interessad­o na resolução dos fatos apontados pela denúncia e disse que confia nos seus secretário­s.

“Tudo tem que ser esclarecid­o. Que seja feita uma CPI o mais ética, imparcial, transparen­te e institucio­nal possível. Eu torço para que isso não se transforme em um palanque político, nós estamos a alguns meses de eleições”, afirmou.

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