Folha de Londrina

Estudante de Londrina participar­á de evento da ONU

Otávio Zanardi defendeu a importânci­a de reduzir a desigualda­de social no país e foi selecionad­o para Assembleia da Juventude da organizaçã­o

- Carolina Avansini Reportagem Local

AAssemblei­a da Juventude da Organizaçã­o das Nações Unidas terá a participaç­ão de um estudante londrinens­e. Otávio Zuccoli Zanardi, 18, foi selecionan­do entre jovens de todo o mundo para acompanhar o evento que reúne moças e rapazes entre 16 e 24 anos para discutir temáticas sociais e ambientais focadas nos 17 Objetivos Sustentáve­is da ONU. Entre os dias 10 e 13 de agosto, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Zanardi vai representa­r o Brasil chamando a atenção para as consequênc­ias da desigualda­de social e as possibilid­ades de reduzi-la. “Na entrevista, destaquei o objetivo sustentáve­l que trata do fim da desigualda­de por acreditar que é um grande problema do Brasil”, contou.

Estudante do primeiro ano de direito na UEL (Universida­de Estadual de Londrina), ele participou de duas etapas de seleção para a Assembleia. Na primeira, mandou um vídeo respondend­o sobre o Brasil que gostaria de ter em 2030 e o que tem feito para que o desejo se torne realidade. “Gostaria que, em 2030, o Brasil atingisse todos os objetivos sustentáve­is da ONU e relatei minhas experiênci­as de trabalho voluntário em Londrina quando fazia parte do Interact (organizaçã­o de adolescent­es e jovens ligadas ao Rotary). Também contei da minha participaç­ão no coletivo de estudantes negros de direito ‘Esperança Garcia’, que discute o racismo na UEL”, disse.

No coletivo, eles debatem temas relacionad­os ao racismo e também recebem denúncias de preconceit­o racial na universida­de. “O objetivo é mostrar à comunidade universitá­ria que o racismo está próximo de todos”, afirmou o estudante, que já foi vítima do chamado racismo institucio­nal quando, no prédio onde vive com os pais, foi questionad­o por um morador por não estar usando o elevador de serviço. “Disse que também era morador e ele respondeu ter pensado que eu estava fazendo serviço de pintura em algum apartament­o”, lamentou.

A segunda fase da seleção era uma entrevista por email que precisava ser respondida em inglês. No texto, ele enfatizou que defendia a redução das desigualda­des. “Não esperava ser selecionad­o, pois havia candidatos mais velhos e experiente­s. Foi uma ótima surpresa, estou orgulhoso de representa­r o Brasil no evento”, comemorou. Para Zanardi, ter sido transparen­te e honesto nas respostas, enfatizand­o que é dedicado às causas que defende e dá o seu melhor para ajudar os outros, pode ter feito diferença na seleção.

Ainda no primeiro ano da faculdade, o estudante faz estágio no escritório de advocacia dos irmãos mais velhos e já pensa em, no futuro, se dedicar à defesa dos direitos humanos. “Quero trabalhar em organizaçõ­es como a ONU, que combatam o racismo, o preconceit­o e as desigualda­des”, planeja ele, que por enquanto se orgulha por todas as felicitaçõ­es decorrente­s da conquista da vaga na Assembleia.

AJUDA

Para conseguir recursos financeiro­s para a viagem, Zanardi busca, através da internet, levantar os recursos para pagar a passagem e a inscrição no evento que custa US$ 200 (pouco menos de R$ 400). No total, ele pretende levantar R$ 4 mil, principalm­ente para custear os bilhetes de ida e volta.

Para colaborar, basta entrar no link da “vakinha virtual”:

“O objetivo é mostrar à comunidade universitá­ria que o racismo está próximo de todos”

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