Obra de Teatro Municipal continua ‘amarrada’
Para o secretária municipal de Cultura, Caio Cesaro, o Quarteirão das Artes vai ativar outras situações de melhoria no local. “A nossa percepção é de que uma coisa vai levando a outra. A questão do grafite tem a intenção de fazer a revitalização de todo espaço e o teatro municipal se integra a esse processo”, comentou.
De acordo com ele, há um processo aberto pela construtora responsável pela obra contra o município, que dificulta a retomada da construção do Teatro Municipal de Londrina. “A ação está no âmbito da Procuradoria, que trabalha para sanar essas situações do convênio no menor tempo possível, para que possamos avançar na questão da viabilidade de uma parceria público-privada ou mesmo buscando mais financiamento federal”, afirmou.
A parceria entre a iniciativa privada e o poder público não avançou nos últimos meses, pelo cenário de crise no País, segundo Cesaro. Enquanto isso, ele diz que o empenho da secretaria tem sido pela recomposição da cerca que havia no local e foi danificada pelas chuvas de novembro de 2017. “A ideia é evitar qualquer tipo de uso intensivo do local, inclusive por animais”, apontou.
Além disso, Cesaro acredita que com algumas adaptações o espaço de 22 mil metros quadrados tem condições de receber atividades. Ele cita como exemplo a apresentação do Ballet de Londrina, realizada no local em 2014.
A última liberação de recursos pelo MinC (Ministério da Cultura) foi em dezembro de 2017. Foram liberados cerca de R$ 2,7 milhões da primeira fase das obras do teatro. O valor estava pendente junto à pasta havia três anos e se somou a outros R$ 3,2 milhões, que foram pagos pelo governo federal em 2010. O montante foi liberado após a secretaria municipal de Cultura ter atualizado o plano de trabalho, atendendo uma solicitação do MinC.
O projeto inicial orçou a obra em cerca de R$ 80 milhões e as obras tiveram início em 2013. De acordo com o secretário de Cultura, foram gastos cerca de R$ 8 milhões na primeira etapa. “No ano passado até discutimos a possibilidade de pedir um novo orçamento, mas houve um entendimento de que é preciso resolver questões mais urgentes antes”, completou.
(M.O.)