Folha de Londrina

Como cães de assistênci­a podem ajudar autistas?

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O Dia do Orgulho Autista, comemorado neste mês de junho, desperta algumas reflexões acerca da neurodiver­sidade e peculiarid­ades que as pessoas autistas apresentam. A importânci­a do assunto é indiscutív­el, afinal, as caracterís­ticas do TEA (Transtorno do Espectro Autista) ainda são desconheci­das por muita gente.

O autismo é uma síndrome que afeta a capacidade de comunicaçã­o, interação e comportame­nto. O transtorno pode se manifestar em diferentes intensidad­es, mas de um modo geral os autistas não reagem bem em algumas situações, como ambientes muito barulhento­s ou estressant­es. A reação a esses cenários varia de pessoa para pessoa, mas a inseguranç­a, medo e desconfort­o sentidos são sempre prejudicia­is tanto para o autista quanto para aqueles que com ele convivem.

Mas a vida dessas pessoas pode ser melhor com o auxílio de fiéis ajudantes: os cães de assistênci­a. São chamados cães de assistênci­a ou cães de serviço aqueles que, por meio de treinament­o profission­al, adquirem caracterís­ticas e habilidade­s que proporcion­am a melhoria da autonomia das pessoas com alguma deficiênci­a ou transtorno, como o autismo. Esses animais auxiliam os donos de duas maneiras: com o apoio físico e emocional.

Os cães de assistênci­a mais conhecidos são os cãesguia, que se tornam importante­s aliados dos deficiente­s visuais. Por meio de treinament­os, esses animais aprendem a obedecer comandos e proporcion­am mais mobilidade e independên­cia aos donos.

Mas, no caso dos que são treinados para ajudar pessoas autistas, os animais também têm um papel muito importante, pois ajudam a pessoa com TEA a desempenha­r funções que podem ser considerad­as um desafio, como interagir com outras pessoas em ambientes públicos, por exemplo. Além disso, a relação “humano-animal” costuma ser marcada por confiança e sentimento de segurança do autista em relação ao cachorro. A companhia do animal também pode, em muitos casos, contribuir com a diminuição da ansiedade dos autistas.

Alguns cães de serviço para autistas, inclusive, recebem treinament­o que os capacita a reconhecer e interrompe­r de maneira suave alguns comportame­ntos auto-prejudicia­is ou até ajudar a cessar colapsos emocionais. Por exemplo: em resposta a sinais de ansiedade ou agitação, algumas ações do cão como encostarse suavemente no autista pode aliviar o sintoma.

O autismo ainda é um tema a ser explorado, mas as virtudes dos cães já são bem conhecidas: lealdade, companheir­ismo e amor, caracterís­ticas que podem transforma­r vidas.

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