Na Fazenda, 4 servidores receberam mais de R$ 100 mil em horas extras
O gasto em horas extras na Secretaria Municipal de Fazenda em 2017 chamaram a atenção dos vereadores de Londrina. Após dois pedidos de informações feitos ao Executivo e devolvidos com respostas vagas, o secretário João Carlos Perez, responsável pela pasta, foi sabatinado na Câmara Municipal de Londrina nesta quinta-feira (21) sobre o assunto.
De acordo com dados da Fazenda, quatro servidores fizeram horas extras entre julho e dezembro de 2017 para elaboração e lançamentos da PGV (Planta Genérica de Valores). O número significou um custo de R$ 20 mil reais por mês ou R$ 100 mil no segundo semestre. Um dos servidores chegou a computar 111 horas extras em um só mês e embolsou R$ 9.439 com os adicionais. O valor representou mais que o dobro do salário-base, que é de R$ 4.545. “Foram meses de um trabalho minucioso e havia uma motivação que foi a elaboração da PGV. Foi uma situação atípica”, justificou Perez ao relembrar que o município tem 236 mil imóveis que foram reavaliados para garantir incremento na cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). À época quem estava à frente da Fazenda era o ex-secretário Edson de Souza.
Segundo Perez, o gasto com horas extras foi normalizado neste ano. Entre janeiro e abril de 2018, a Fazenda desembolsou R$ 121 mil com o benefício. Já em maio o gasto com adicional dos servidores foi de R$ 36 mil. Aos vereadores, o secretário informou ainda que foi estabelecido um teto de R$ 40 mil por mês com os adicionais para a pasta que tem 152 funcionários. “Temos um decreto, assinado pelo prefeito (Marcelo Belinati), que estabeleceu um limite de gastos em horas extras por secretaria e que deve ser respeitado.”
No orçamento de 2017 foram gastos R$ 36 milhões em horas extras. A maioria foi consumida nas áreas da saúde e educação. Para 2018, o teto estabelecido no orçamento é de R$ 27 milhões, segundo dados da Fazenda.