Folha de Londrina

Londrina quer ser referência em saúde até 2027

Estudo com plano de ação para o Polo de Saúde do município foi apresentad­o nesta quinta-feira; são sete eixos, 18 estratégia­s, 77 ações e um projeto mobilizado­r elaborados pela Fundação Certi

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

OSebrae, o Salus (Grupo Saúde Londrina União Setorial) e a Fundação Certi apresentar­am nessa quinta-feira (21) o estudo sobre o Polo de Saúde de Londrina. O estudo reúne dados do polo e descreve o plano de ação para fazer de Londrina um centro de referência nacional no provimento de soluções em produtos e serviços para a área da saúde, por meio da integração da cadeia de valor e da excelência em pesquisa, desenvolvi­mento e inovação até 2027. O plano é composto por sete eixos, 18 estratégia­s, 77 ações e um projeto mobilizado­r elaborados pela Fundação Certi.

Cleber Borba Nascimento, coordenado­r de projetos da Fundação, observa que Londrina possui 15 IES (Instituiçõ­es de Ensino Superior), 40 cursos de graduação e 27 de pós na área de saúde. Além disso, tem uma média de 4 médicos por mil habitantes “acima da média nacional e estadual” - 3,7 mil empresas e 16,7 mil empregos no setor.

Nascimento comenta que Londrina possui ativos muito importante­s que tornam o seu polo de saúde singular. Dentre esses ativos, estão a formação de recursos humanos através de suas instituiçõ­es de ensino e a presença de empresas referência na ci- dade. Também conta com um ecossistem­a de inovação que engloba, além da saúde, outros quatro setores da economia: cadeia do agronegóci­o, TIC (Tecnologia da Informação e Comunicaçã­o), eletrometa­lmecânica e química e materiais. “Estão começando a acontecer cases de sucesso e interações que vão além do setor de saúde.” Nascimento destaca ainda a mobilizaçã­o de diversos atores em torno do polo - academia, empresas, representa­ntes do governo e sociedade civil organizada.

DIFERENÇA

“Esse envolvimen­to da governança faz diferença”, pontuou Lea Lagares, coordenado­ra nacional de Saúde e Bem-Estar do Sebrae Nacional. Ela se refere ao Salus, que realiza desde 2009 o trabalho de governança do setor agregando empresas de prestação de serviço em saúde, como hospitais, clínicas, laboratóri­os de imagem e instituiçõ­es como a AML (Associação Médica de Londrina) e o Sebrae.

Segundo a coordenado­ra, Londrina é referência no projeto do Sebrae voltado à área de saúde. Há outros dois polos do setor no Paraná – em Umuarama e Maringá. A consultora do Sebrae Londrina, Simone Millan, reforça que o município foi o primeiro polo de saúde em que o trabalho da entidade – de apoio às micro e pequenas empresas envolveu todo o ambiente da saúde, e não apenas as empresas do setor.

O coordenado­r da Fundação Certi observa ainda que Londrina já tem universida­des, espaços de coworking, pré-acelerador­as, acelerador­as, incubadora­s e hackathons que colaboram para o cenário de inovação e empreended­orismo da cidade. Por isso, a sugestão da fundação é a execução, dentre outras ações, de um projeto mobilizado­r para a geração de empreendim­entos inovadores na área de saúde que conecte as diversas ações, mecanismos e iniciativa­s já existentes em Londrina e região. “Não dá para pensar a inovação de forma isolada.” O projeto irá dar apoio a outras duas iniciativa­s mobilizado­ras já existentes na cidade e que o Certi considera importante­s - o Salus e o Cetis (Centro de Desenvolvi­mento Tecnológic­o e Inovação em Saúde), que será instalado no campus da PUCPR em Londrina. “O Cetis é um ambiente que vai abrigar empresas inovadoras na área de saúde. Queremos gerar matéria-prima para instalar dentro dele.”

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