Organização é o primeiro passo
do setor no Paraná – em Umuarama e Maringá
Para 2027, o cenário esperado para o setor de saúde é que as universidades estejam integradas às necessidades do mercado, formando profissionais em quantidade e qualidade e gerando pesquisas que tragam produtos inovadores, diz João Santilli, presidente do Salus. Ele também diz esperar que a transferência de tecnologia entre centros de pesquisa e inovação e a indústria se intensifique, beneficiando empresas e a cidade, que se torna referência nacional e internacional em saúde.
Simone Millan, do Sebrae, explica que o trabalho começará pela organização do plano de ação e pela distribuição de tarefas entre os atores envolvidos. O plano de ação se concentrará em sete vertentes do ecossistema de saúde: talentos, ICTIs (Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação), capital, empreendedorismo e inovação, políticas públicas, cluster e governança. Dentre essas vertentes, a de políticas públicas é a que apresenta o maior nível de maturidade, com a existência de um conjunto de programas, mecanismos e leis para o setor. No entanto, são políticas que precisam de integração e planejamento.
As ICTIs apresentam níveis de maturidade diversos, mas carecem de interação maior com o setor produtivo, especialmente na fabricação de produtos e tecnologia. “Existem diversos níveis de maturidade de interação. Há relacionamentos maduros, mas são pontuais.”
Além disso, a captação de recursos está restrita a poucas empresas. “Não é uma prática comum. Existem, sim, linhas de fomento, mas dificuldade de acesso. É preciso trabalhar incentivos para tornar a captação de recursos mais acessível”, diz Nascimento.
Também há uma grande quantidade de atores que podem contribuir para o desenvolvimento da saúde, mas falta integração e transferência de tecnologia entre eles. E apesar de Londrina ser referência na formação de profissionais, atores do setor de saúde queixam-se da falta de recursos humanos. “Existe formação de recursos humanos, mas a quantidade de profissionais em quantidade e qualidade ainda é insuficiente para atender a demanda das empresas”, explica o coordenador da Certi.
(M.F.C.)