Folha de Londrina

A força da indústria

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Aparticipa­ção da indústria na totalidade de empregos formais de Londrina caiu nos últimos anos e representa hoje 13,9% dos 167.727 postos de trabalho da cidade. É menor do que em outras cidades do Paraná, como Cascavel e Ponta Grossa, ambas com 18,9%. Segundo os dados disponívei­s pela Relação Anual de Informaçõe­s Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego, Londrina perdeu 519 indústrias e 5.650 empregos nesta atividade econômica entre 2012 e 2016. Se antes as fábricas empregavam 29.357 pessoas, passaram a empregar em 2016 o número de 23.377. Estimativa mais recente do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos), do MTE, aponta que, em maio deste ano, eram 22.660 vagas, 717 a menos.

No ano de 2012, a indústria tinha mais presença no saldo de empregos formais de Londrina, concentran­do 19,2%. Já era bastante acanhada se comparada com a de outras cidades também de porte médio, como Caxias do Sul (RS), 40,5%, ou Limeira (SP), 34,8%.

A Folha de Londrina fez um levantamen­to englobando municípios brasileiro­s entre 300 mil e 700 mil habitantes, com exceção de capitais e cidades das regiões metropolit­anas das capitais. O objetivo da pesquisa foi mostrar a importânci­a da indústria no desenvolvi­mento econômico dos municípios. Numa relação de 26 cidades, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita é maior naquelas com mais emprego industrial. Piracicaba (SP), por exemplo, tem um PIB de R$ 55.294 por habitante, segundo último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a, referente ao ano de 2015. Na cidade, há 38,2 mil vagas na indústria, o que representa 30,6% do total. Há uma vaga no setor para caga grupo de dez habitantes. O PIB per capita de Londrina é R$ 32.387.

A indústria é um ponto-chave para o desenvolvi­mento econômico de um município. Ela traz inovação e provoca outros setores a crescer. Mas é possível deslanchar o desenvolvi­mento com a economia baseada em serviços e agronegóci­o, tomando o exemplo de Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG), duas cidades de porte médio com PIB de dar inveja. Nesses casos, é evidente o trabalho desenvolvi­do para potenciali­zar a vocação dos municípios, pensando na produtivid­ade e na competitiv­idade.

A indústria éum ponto-chave para o desenvolvi­mento econômico de um município

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