Saída do vôlei escancara dificuldades do esporte local
A recente perda da equipe de vôlei feminino, que se transferiu para Balneário Camboriú (SC) para disputar a Superliga Nacional, foi mais um duro golpe para o esporte de Londrina e escancarou a dificuldade da cidade em manter trabalhos que exigem alto investimento.
Outras modalidades, como o basquete, o handebol e o futsal, já passaram pelos mesmos problemas em anos anteriores. Após perder o seu principal patrocinador, os dirigentes do voleibol londrinense deixaram a cidade disparando contra a falta de apoio público e privado para a manutenção do projeto em Londrina.
O presidente da FEL (Fundação de Esportes de Londrina), Fernando Madureira, lamentou a saída da equipe da cidade e alegou que a entidade fez tudo que poderia ser feito pelo time. “Acho que faltou um pouco de comunicação. Fiz até uma tentativa de aproximação com o prefeito, mas os dirigentes não quiseram assim”, afirmou.
Quem conhece bem a realidade do esporte londrinense é o técnico da equipe de handebol, Giancarlos Ramirez. ,o projeto teve um hiato entre 2013 e 2015 por falta de recursos.
Para o treinador, a falta de incentivo para o esporte é uma realidade nacional e não apenas local. Ramirez, no entanto, destaca uma característica de Londrina, que dificulta ainda mais a busca por patrocinadores: “A cidade tem poucas grandes indústrias de varejo e isso restringe o potencial de investimento para o esporte”. E Madureira acrescenta: “Falta uma no esporte por parte dos nossos empresários”.
“Quando se captam jogos e competições nacionais, você vende a cidade e, consequentemente, as indústrias e empresas também”, afirma o presidente do Londrina Convention, Arnaldo Falanca. “Acredito que é preciso discutir a importância do esporte para a economia de Londrina, que é uma cidade do turismo de negócios. Esta discussão tem que unir poder público, privado e entidades.”
Iniciado em 1998 cultura de investimento