Folha de Londrina

OPORTUNIDA­DE

Redes sociais oferecem mais recursos para empresas se relacionar­em com clientes e até mesmo aumentarem vendas, mas é preciso ter equilíbrio

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Redes sociais abrem espaço para empresas se relacionar­em com clientes, mas é preciso equilíbrio

Apesar de terem sido criadas com foco nas pessoas, as redes sociais se tornaram um lugar onde as empresas querem estar. Afinal, é lá que elas encontram os seus clientes – atuais ou em potencial. Ao enxergarem essa necessidad­e, as redes sociais começaram a criar recursos que tornam a vida das empresas mais fácil. Contas corporativ­as e ferramenta­s para vendas são exemplos. A consultora empresaria­l da Foco Consultori­a, Fafita Lopes Perpétuo destaca a necessidad­e de as empresas estarem presentes nos diferentes canais digitais, já que hoje os consumidor­es estão espalhados por todos eles, em diferentes situações. “A empresa deve se ajustar ao seu cliente. As empresas devem estar disponívei­s em todos os canais e quem escolhe a forma é o consumidor.”

Recentemen­te, os usuários que gostam de seguir marcas no Instagram puderam ver uma mudança nas funcionali­dades do aplicativo. Agora as empresas podem marcar seus produtos em suas publicaçõe­s, e ao clicar neles o usuário é levado diretament­e ao site da companhia para efetivar a compra. Antes, era preciso buscar o produto no website, tarefa nem sempre fácil. O risco de perder a venda era grande.

Mais de 80% do tráfego do e-commerce da Mulher Elástica provenient­e das redes sociais vem do Instagram e do Stories do Instagram. O restante está espalhado pelo Facebook, YouTube e Pinterest. “O perfil do nosso cliente, o público da moda fitness é 100% Instagram”, comenta Fabricio Krzyzanows­ki, diretor comercial. Na mídia social, a marca fez a divulgação de ações, promoções, coleções e, com a opção de vincular links de produtos aos posts, vendas.

Desde que o recurso de vincular produtos aos posts no Instagram foi lançado, a empresa começou a utilizálo. Antes, a Mulher Elástica utilizava um serviço que fazia o direcionam­ento do usuário do Instagram para o e-commerce da marca, mas era bem menos prático e pago. “Assim que lançou essa ferramenta (do Instagram) a gente aderiu.” A marca também se relaciona com os clientes pela rede fazendo reposts de seus seguidores, não apenas postando fotos de modelos.

Para Krzyzanows­ki, as vendas pelas redes sociais devem aumentar, já que estes são um canal de engajament­o com o cliente. Hoje, 1/3 das vendas da Mulher Elástica vem das redes sociais, diz Willy Fernandes de Paula, sócio-fundador da Nov3, agência de design, comunicaçã­o e tecnologia que atende a empresa. Segundo ele, marcar produtos nos posts do Instagram é bastante simples: é o mesmo procedimen­to realiMesmo zado ao marcar amigos nas publicaçõe­s. Mas, antes, a marca precisa cadastrar um catálogo com todos os produtos no Facebook Business, um tipo de conta voltado a organizaçõ­es.

ESTATÍSTIC­AS

Uma das vantagens de estar nas redes sociais é poder usufruir das ferramenta­s de análise de dados que elas oferecem, diz de Paula. Ao fazer uma conta no Faceboook Business, a empresa pode ter acesso a diversos tipos de estatístic­as, como aquelas referentes ao perfil dos consumidor­es que clicaram nos seus anúncios na rede social. A partir dessas informaçõe­s, a companhia pode então fazer outras ações direcionad­as a esse mesmo público. Também é possível saber quantos dos cliques nos anúncios foram convertido­s em vendas, quantos ficaram no carrinho, e quanto a empresa precisa investir em publicidad­e na rede social para atingir sua meta, por exemplo. “Você gasta dinheiro com mais inteligênc­ia. É diferente de fazer um anúncio na TV. Se a pessoa não vai na loja e diz que comprou porque viu a propaganda na televisão, fica difícil saber se o anúncio deu certo.”

Se você está ‘invadindo’ o celular da pessoa, você tem que dar um motivo para ele te seguir.”

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Ricardo Chicarelli Fabricio Krzyzanows­ki, diretor comercial da Mulher Elástica: “O perfil do nosso cliente é 100% Instagram”

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