O risco da baixa cobertura vacinal

Abaixa cobertura vacinal no País em crianças é um problema que preocupa por conta do risco de reintrodução de doenças que já eram consideradas eliminadas, como o sarampo e a poliomielite. O alerta é do Ministério da Saúde. A pasta divulgou uma lista com os 312 municípios onde o índice de imunização contra a pólio está abaixo de 50% para crianças com menos de um ano de idade. Dos oito municípios do Estado na relação, sete estão na área de abrangência da 3ª Regional de Saúde, nos Campos Gerais.

A situação mais preocupante entre os municípios do Estado é a de Carambeí, cidade com uma população de pouco mais de 22 mil habitantes e que ocupa a 17ª posição na lista, com um índice de cobertura de 5,43%. Outras cidades com baixa cobertura são Castro, Piraí do Sul, Ivaí, Sengés, Porto Amazonas, Ipiranga e Campo do Tenente.

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia do Paraná, João Luís Crivellaro, houve erro no registro da cobertura vacinal nos oito municípios. Ele garante que o Paraná fechou 2017 com uma cobertura vacinal contra a poliomielite acima de 76% e que o índice de imunização em cada uma das cidades paranaenses incluídas na lista do Ministério da Saúde acompanha a cobertura no Estado.

A poliomielite está erradicada do Paraná desde 1989 e no Brasil, desde 1990. Em 1994, o País recebeu da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Por essa razão, segundo o Ministério da Saúde, é fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais, acima de 95%, para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite no País.

O Ministério da Saúde alerta ainda para o risco de retorno de outras doenças que haviam sido eliminadas no País, como o sarampo. Amazonas e Roraima enfrentam surtos da doença. O Paraná não registra casos de sarampo desde 2000. Pais e responsáveis, no entanto, não podem relaxar e deixar de vacinar as crianças sob o risco da volta de doenças que já estavam erradicadas.

É fundamental a manutenção de elevadas coberturas vacinais, para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite