Justiça converte prisão temporária de CEO da GE em preventiva
Rio – O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, converteu a prisão temporária de Daurio Speranzini Júnior, CEO da GE, em preventiva. A decisão foi publicada nesta sexta-feira, 6. A prisão preventiva é a sanção máxima que um suspeito de crime pode ter antes do julgamento e não tem prazo para acabar.
Bretas justificou a decisão destacando que o Ministério Público Federal (MPF) encontrou na residência de Daurio um dossiê, datado de 20 de junho de 2018, contra um denunciante seu. A testemunha foi fundamental para o MPF nas investigações da operação Ressonância, sobre fraude nas licitações da área da saúde celebrados pelo Estado do Rio e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
A testemunha relatou que a Philips, onde Daurio era CEO na época dos fatos, teria vendido equipamentos nesse esquema. Outra testemunha declarou que a empresa seria integrante do denominado “clube do pregão internacional” em contratos com a Saúde do Rio
“Segundo os documentos obtidos na residência de Daurio, na efetivação da medida de busca e apreensão, a participação, em tese, do investigado na organização criminosa parece contemporânea aos fatos”.
No dia da operação, a GE respondeu que “as alegações são referentes ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa”. “A GE ressalta que não é alvo das investigações. A empresa acredita que os fatos serão esclarecidos pela Justiça e está à disposição para colaborar com as autoridades”.
Já a Philips disse que estava cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às alegações apresentadas, “que datam de muitos anos atrás”.