Resistência genética é base para controle de novas doenças
O olhar atentos dos produtores sobre novos híbridos de milho é fundamental para que a produtividade continue em evolução safra após safra. Ao longo do tempo, os materiais vão se tornando suscetíveis dependendo da seleção de patógenos que vai acontecendo no ambiente – e assim, colocando as lavouras em risco.
De acordo com o fitopatologista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Adriano de Paiva Custódio, o Paraná conta hoje com 50 híbridos de milho plantados, o que corresponde a 80% da área agricultável. “O produtor precisa sem- pre ficar atento junto com a assistência técnica dele. É preciso atualizar a informação, porque o que era legal (eficiente) há cinco ano talvez hoje não seja mais resistente.”
E nos últimos dias o alerta vermelho foi ligado definitivamente para quem trabalha com a cultura. Uma doença chamada estria bacteriana, causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. vasculorum, foi detectada em lavouras na região Oeste (municípios de Cafelândia, Corbélia, Nova Aurora, Palotina, Santa Tereza do Oeste, Toledo e Ubiratã), Centro-Oeste (Campo Mourão e Floresta) e Norte do Paraná (Londrina, Rolândia, Sertanópolis e Mandaguari).
A doença é de difícil controle por meio de defensivos e portanto a resistência genética é apontada como a melhor estratégia para, no curto prazo, enfrentar o novo problema. “Doença de origem bacteriana geralmente não tem fungicidas para controle. (O controle) fica bem restrito ao nível da resistência genética da cultivar comercial. Nosso primeiro passo para o controle da doença é fazer uma triagem dos atuais materiais que estão no mercado. Isso demanda tempo.”
( V.L.)