Folha de Londrina

Terrenos onde funcionava­m postos não têm destinação

- Pedro Marconi Reportagem Local

O terreno na avenida Dez de Dezembro, onde será construída a sede do Samu, é apenas o segundo a ter uma destinação entre os seis que contavam com postos de combustíve­is da Petrobras e que foram desativado­s após a prefeitura encerrar o convênio com a estatal, em 2011. Apenas o espaço em frente ao Aeroporto Governador José Richa, na zona leste, teve uma nova finalidade – serviu para ampliação do estacionam­ento.

Mais problemáti­co, o terreno na Dez de Dezembro é o único que não teve a estrutura derrubada. Na parte de trás da edificação, cobertores isolam o espaço que é usado por moradores de rua. Na parte frontal, o que restou do alambrando colocado pelo município para isolar o prédio serve de varal para vendedores pendurarem tapetes, redes e capas para assentos de veículos. Parte do trajeto utilizado pela vendedora Rosana Martinez para ir do trabalho para casa, a área é classifica­da como perigosa. “Quanto mais perto da noite pior fica. Enche de usuários de drogas e ninguém faz nada.”

Na mesma avenida, só que próximo ao 4º Distrito Policial, na zona sul, o terreno tem tampas do que um dia foram os tanques de combustíve­l expostas, assim como algumas tubulações. A situação se repete na área localizada na avenida LesteOeste, perto da rotatória com a avenida Rio Branco, na região oeste. Além de galhos espalhados, vários ferros estão desprotegi­dos, oferecendo risco para quem se arrisca andar pelo local. Parte das peças estão ao lado da escadaria que pedestres usam para acessar a rua Abélio Benatti.

A poucos metros dali, ao lado do Terminal da Zona Oeste, o espaço que contava com o posto é aproveitad­o como estacionam­ento. Do antigo estabeleci­mento só sobrou o concreto que sinalizava a entrada. “Quando fechou ficou o prédio, que serviu de casa para moradores de rua até a prefeitura demolir. Como o chão é terra, quando chove fica uma lama a rua. Era bom se o município desse alguma utilização para este terreno”, sugeriu um comerciant­e, que preferiu não ser identifica­do.

Na zona norte, no cruzamento das avenidas Winston Churchil e Henrique Mansano, a estrutura do antigo posto foi tirada há cerca de dois anos e grama foi plantada. O problema na localidade é o descarte irregular de lixo, que vai de peças de roupas a garrafas de cervejas.

SEM PROJETO

A contrato de permissão para exploração de seis áreas públicas foi firmado entre prefeitura e Petrobras em 1991 e venceu em julho de 2011. Responsáve­l pela diretoria de Gestão de Bens Municipais, Edson Baratto informou que os tanques onde funcionava­m os postos foram retirados após a desativaçã­o. “Vou pedir para o fiscal verificar, pois a limpeza e retirada de materiais deveria ter sido feita pela Petrobras. Só não fizeram ao lado do rodoviária porque pedimos para deixar, pois parte vai servir para a nova sede do Samu”, afirmou. Conforme informaçõe­s da assessoria de imprensa da prefeitura, não há projetos para nenhuma das áreas.

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Gustavo Carneiro Estabeleci­mentos foram desativado­s em 2011 e as estruturas demolidas

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