Folha de Londrina

Em dia de queda do petróleo, Ibovespa fecha com alta de 0,08%

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Ações da Petrobras apresentar­am perdas

A forte queda dos preços do petróleo e a cautela diante de incertezas internas e externas impuseram um freio ao Índice Bovespa, que oscilou na maior parte do dia e acabou por fechar perto da estabilida­de, com ligeiro viés de alta. Sem notícias relevantes no front doméstico, as principais referência­s vieram do mercado internacio­nal, onde os destaques também não foram muitos. Depois de ter caído até 0,61%, pela manhã, o Ibovespa terminou o dia aos 76.652,58 pontos, com elevação de 0,08%. Um dos motivos para esse ambiente foi a resiliênci­a das ações Petrobras diante das quedas expressiva­s do petróleo. As ações da Petrobras tiveram perdas de 0,97% (ON) e 1,27% (PN).

Dólar firma alta e termina o dia em R$ 3,8627

O dólar teve uma manhã volátil, mas firmou alta na parte da tarde e subiu 0,34%, terminando o dia em R$ 3,8627. O real e o peso argentino estão entre as moedas com pior desempenho ante a divisa dos Estados Unidos, consideran­do os principais países emergentes. O dólar caiu ante moedas como o peso mexicano e o rand da África do Sul. Operadores relatam que o cenário externo mais cauteloso, marcado por forte queda dos preços do petróleo e preocupaçõ­es com o cenário eleitoral brasileiro estão entre os fatores que estimulara­m as compras na segunda-feira (16). No mercado futuro, o giro estava em US$ 11 bilhões às 17h20. No mercado à vista, a liquidez foi de US$ 611 milhões.

Taxas de curto e médio prazos fecham em queda

Os juros futuros fecharam a sessão em queda nos contratos de curto e médio prazos, enquanto os longos terminaram com viés de alta. A taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,780%, de 6,824% no ajuste de sextafeira. A taxa do DI para janeiro de 2020 passou de 8,22% para 8,20% e a do DI para janeiro de 2021, de 9,22% para 9,18%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou em 10,66%, de 10,64% e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 11,28% para 11,34%. O alívio de prêmios se deve à percepção de que a atividade fraca, reforçada nesta segunda pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio, deve postergar o ciclo de altas da Selic.

País poderá ter PIB negativo no segundo semestre

O IBC-Br teve baixa de 3,34% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou o Banco Central, passando de 138,01 pontos para 133,40 pontos, menor patamar para o dado com ajuste desde dezembro de 2016 (132,87 pontos). O resultado veio praticamen­te em linha com a mediana das estimativa­s da pesquisa do Projeções Broadcast (-3,40%) e foi fortemente impactado pela greve dos caminhonei­ros. O número colocou no radar possibilid­ade de PIB negativo no segundo trimestre. A precificaç­ão da curva a termo apontava cerca de 35% de possibilid­ade de alta e 65% de chance de manutenção da Selic em 6,50% na próxima reunião Copom (Comitê de Política Monetária (Copom).

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