Rolândia inicia obras de trincheira para linha férrea
Construção deve acabar com problema do trânsito ser paralisado a cada passagem de trem
Rolândia - A Sanepar iniciou em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) as obras para mudança nas adutoras da companhia que vão possibilitar a continuidade da construção da trincheira da linha férrea. O trecho da avenida Ayrton Rodrigues Alves, entre a rua Alfredo Moreira Filho e a avenida Presidente Vargas, foi interditado na manhã de segunda-feira (23). A rua Miguel Liogi, da esquina com a avenida Tiradentes até a avenida Presidente Vargas também será interditada. O acesso ao comércio da rua Miguel Liogi será liberado pela avenida Presidente Vargas. Uma solução para os trens que cortam a cidade e impedem o trânsito de veículos e pedestres em várias vias é uma reivindicação antiga da comunidade. Além de transtornos e atrasos, há o risco de acidentes. Moradores ouvidos pela reportagem esperam a conclusão da obra com ansiedade.
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, a Wanderley Massucci, a interdição deve durar pelo menos 30 dias. Após mudança das adutoras, o próximo passo é construir um viaduto para passagem do trem. “A linha férrea será elevada em quatro metros. Quando essa fase estiver pronta, começaremos a construção da trincheira para passagem dos carros”, explicou, reforçando que o objetivo é entregar uma estrutura para passagem do trem por cima e os carros por baixo, o que vai eliminar o problema do trânsito ser paralisado a cada passagem de trem pela via. O orçamento total é de R$ 12 milhões e os recursos foram repassados pelo governo federal. O prazo para conclusão da trincheira é de dez meses.
Por sugestão do 15º Batalhão de Polícia Militar, o trânsito de caminhões sentido Porecatu-Arapongas será desviado para as ruas Reinaldo Massi e Esmeralda para retornar à rodovia. “A população deve evitar o trecho e buscar alternativas como a rua Ouro-rua Aliança-rua Dom Pedro I”, orientou.
No sentido Arapongas-Porecatu o trânsito será desviado para a avenida Tiradentes até a Rua Dr. Ciro Bolívar Araújo Moreira, cruzando a avenida Presidente Vargas, seguindo pela rua Epitácio Pessoa até a rua Europa e assim retornar para a Ayrton Rodrigues Alves. A sugestão é de que a população evite o trânsito pelo local e busque outra alternativa como, por exemplo, a rua Santos Dumont ou a própria avenida Presidente Vargas. O tráfego de caminhões sentido Londrina-Porecatu e PorecatuLondrina, será através do Contorno Norte.
ANSIEDADE
O desempregado Jonatas Amorim mora próximo ao trecho em obras e espera a finalização do projeto com ansiedade. “Quando estava trabalhando, já cheguei a me atrasar porque parei para esperar o trem passar”, conta ele. Para ele, a iniciativa trará benefícios à comunidade. “Mesmo com o trânsito impedido por um tempo, acredito que o resultado será bom para a população”, afirma.
A bombeira civil Andréia Ferrari também não se importa com a interrupção do trânsito porque acredita ser necessário resolver o problema. “Já vi ambulância esperando por até cinco minutos o trem passar para então continuar o atendimento. Isso é grave, até porque não temos muitas alternativas de caminho”, afirma.
Dono de uma lavanderia às margens da ferrovia, o empresário Thiago Schimidt tem opinião diferente. Para ele, apenas a transferência do pátio de manobra para outro lugar já seria suficiente para amenizar as dificuldades de motoristas e pedestres que transitam pelo local. “O que mais incomoda são as manobras, apenas a mudança do pátio seria suficiente. Não acho que deviam investir tanto dinheiro em uma obra como essa enquanto a saúde, por exemplo, continua com problemas”, opinou.