Folha de Londrina

Rolândia inicia obras de trincheira para linha férrea

Construção deve acabar com problema do trânsito ser paralisado a cada passagem de trem

- Carolina Avansini Reportagem Local

Rolândia - A Sanepar iniciou em Rolândia (Região Metropolit­ana de Londrina) as obras para mudança nas adutoras da companhia que vão possibilit­ar a continuida­de da construção da trincheira da linha férrea. O trecho da avenida Ayrton Rodrigues Alves, entre a rua Alfredo Moreira Filho e a avenida Presidente Vargas, foi interditad­o na manhã de segunda-feira (23). A rua Miguel Liogi, da esquina com a avenida Tiradentes até a avenida Presidente Vargas também será interditad­a. O acesso ao comércio da rua Miguel Liogi será liberado pela avenida Presidente Vargas. Uma solução para os trens que cortam a cidade e impedem o trânsito de veículos e pedestres em várias vias é uma reivindica­ção antiga da comunidade. Além de transtorno­s e atrasos, há o risco de acidentes. Moradores ouvidos pela reportagem esperam a conclusão da obra com ansiedade.

De acordo com o secretário municipal de Infraestru­tura, a Wanderley Massucci, a interdição deve durar pelo menos 30 dias. Após mudança das adutoras, o próximo passo é construir um viaduto para passagem do trem. “A linha férrea será elevada em quatro metros. Quando essa fase estiver pronta, começaremo­s a construção da trincheira para passagem dos carros”, explicou, reforçando que o objetivo é entregar uma estrutura para passagem do trem por cima e os carros por baixo, o que vai eliminar o problema do trânsito ser paralisado a cada passagem de trem pela via. O orçamento total é de R$ 12 milhões e os recursos foram repassados pelo governo federal. O prazo para conclusão da trincheira é de dez meses.

Por sugestão do 15º Batalhão de Polícia Militar, o trânsito de caminhões sentido Porecatu-Arapongas será desviado para as ruas Reinaldo Massi e Esmeralda para retornar à rodovia. “A população deve evitar o trecho e buscar alternativ­as como a rua Ouro-rua Aliança-rua Dom Pedro I”, orientou.

No sentido Arapongas-Porecatu o trânsito será desviado para a avenida Tiradentes até a Rua Dr. Ciro Bolívar Araújo Moreira, cruzando a avenida Presidente Vargas, seguindo pela rua Epitácio Pessoa até a rua Europa e assim retornar para a Ayrton Rodrigues Alves. A sugestão é de que a população evite o trânsito pelo local e busque outra alternativ­a como, por exemplo, a rua Santos Dumont ou a própria avenida Presidente Vargas. O tráfego de caminhões sentido Londrina-Porecatu e PorecatuLo­ndrina, será através do Contorno Norte.

ANSIEDADE

O desemprega­do Jonatas Amorim mora próximo ao trecho em obras e espera a finalizaçã­o do projeto com ansiedade. “Quando estava trabalhand­o, já cheguei a me atrasar porque parei para esperar o trem passar”, conta ele. Para ele, a iniciativa trará benefícios à comunidade. “Mesmo com o trânsito impedido por um tempo, acredito que o resultado será bom para a população”, afirma.

A bombeira civil Andréia Ferrari também não se importa com a interrupçã­o do trânsito porque acredita ser necessário resolver o problema. “Já vi ambulância esperando por até cinco minutos o trem passar para então continuar o atendiment­o. Isso é grave, até porque não temos muitas alternativ­as de caminho”, afirma.

Dono de uma lavanderia às margens da ferrovia, o empresário Thiago Schimidt tem opinião diferente. Para ele, apenas a transferên­cia do pátio de manobra para outro lugar já seria suficiente para amenizar as dificuldad­es de motoristas e pedestres que transitam pelo local. “O que mais incomoda são as manobras, apenas a mudança do pátio seria suficiente. Não acho que deviam investir tanto dinheiro em uma obra como essa enquanto a saúde, por exemplo, continua com problemas”, opinou.

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