Folha de Londrina

Com Dagoberto, Tubarão joga para subir na tabela

- Thiago Mossini

O Londrina versão 2018 não empolga, não embala e não dá esperança de que algo vai mudar para melhor. O desânimo parece estar dentro e fora de campo. Nas quatro linhas, entra jogador, sai jogador, entra treinador, sai treinador e nada muda. Fora dele, o número de torcedores que resolve apoiar vai encolhendo, é cada vez menor. Parece que está todo mundo conformado que o ano será assim e tudo o que for consequênc­ia, inclusive o rebaixamen­to, está bom.

Mas não é para ser assim. Não pode. É preciso reagir, consertar os erros cometidos e tentar botar o clube nos eixos. Para isso, é preciso vontade e trabalho por parte de todos: direção, jogadores, comissão técnica e torcida. Tem muito campeonato pela frente ainda e dá tempo de todo mundo repensar a forma como está tratando o Londrina este ano.

A escolha dos dois primeiros treinadore­s nesta temporada talvez tenha sido errada. O terceiro ainda pouco mostrou de diferente, mas é cedo para criticá-lo. Quanto aos jogadores, aquela máxima de que menos é mais foi ignorada. A quantidade falou mais alto que a qualidade e o reflexo está em campo e na tabela. Foram mais de 30 contrataçõ­es, sendo a maioria de qualidade duvidosa.

Nas arquibanca­das, a média de público é cada vez menor. No ano em que o time está mal e precisa de apoio, o torcedor parece ter abandonado o Londrina, quando deveria ser o contrário. É nas horas ruins que é preciso estar ao lado de quem se gosta. Somente ir na boa, quando o time está nas cabeças, é fácil. Não é deixando de ir aos jogos que o torcedor fará o Tubarão sair dessa. A arquibanca­da mais cheia não melhorará a qualidade sofrível do time, salvo raríssimas exceções, mas poderá fazer esses jogadores ao menos tentarem sair da fase brava na base da raça e da entrega.

CHATICE

A chatice está ganhando proporções absurdas num jogo de futebol, a ponto de os jogadores não poderem fazer nada de diferente nas comemoraçõ­es de gols. O cartão dado a Moisés, do Palmeiras, domingo (22), foi tão ridículo quanto o nível da arbitragem nesta volta após a parada para a Copa. A criativida­de na hora de comemorar os gols e as possíveis provocaçõe­s que são feitas nelas fazem parte da festa do futebol e são necessária­s, claro que dentro do bom senso de cada tema. Já imaginou Túlio, Viola, Romário, Edmundo e Edílson jogando nos tempos atuais?

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil