Folha de Londrina

Roubo de carga gera prejuízo de R$ 60 mi no PR

- (A.M.P)

O documento “Segurança pública: a importânci­a da governança”, elaborado pela CNI (Confederaç­ão Nacional da Indústria), aponta que a situação da segurança pública vem se deterioran­do a cada ano.

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes passou de 26,6 para 30,3 (aumento de 14%) entre 2006 e 2016. A taxa de roubos de carga por 100 mil habitantes passou de 10,1 para 13,2 entre 2007 e 2016 – aumento de 31%. No mesmo período, a taxa de roubo a instituiçõ­es financeira­s aumentou 47%, de 1,5 para 2,2 a cada 100 instituiçõ­es.

O roubo de carga vem crescendo, principalm­ente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre 2011 e 2016 houve aumento de 86% nos casos no País. Os dois estados respondera­m por 89% das cargas roubadas em 2016. As ocorrência­s crescem vertiginos­amente no Rio de Janeiro. No período de cinco anos, apresentar­am acréscimo de 321%.

PARANÁ

Proporcion­almente, a situação do Paraná não é grave. O Estado concentra apenas 1% das 25.970 ocorrência­s registrada­s em 2017. É que a maior parte das mercadoria­s transporta­das no Estado são agrícolas e não interessam aos bandidos. Mas é preciso ficar alerta. “A indústria farmacêuti­ca e de cosméticos do Sul e Oeste do Estado são mais visadas. Elas vêm investindo em ações preventiva­s como escolta armada e sistemas de monitorame­nto”, disse João Arthur Mohr, gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais do Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Se as ocorrência­s representa­m apenas 1% do total, os valores subtraídos (R$ 60 milhões) são quase 5% dos prejuízo total registrado no País: R$ 1,3 bilhão. “O percentual de roubo é baixo, mas o valor agregado das cargas roubadas (cosméticos e farmacêuti­cos) é mais alto”, analisa Mohr.

Dados da CNT (Confederaç­ão Nacional dos Transporte­s) mostram que, de 2014 a 2017, o roubo de cargas subiu 81% na região Sul. “O problema começa a acender a luz de alerta, principalm­ente porque São Paulo e Rio de Janeiro estão implementa­ndo medidas de segurança”, comenta o gerente da Fiep. O receio é que as quadrilhas se voltem mais ao Paraná em função disso.(A.M.P)

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