Folha de Londrina

Prejuízo para a agricultur­a

- (P.M.)

A longa estiagem também tem refletido na agricultur­a paranaense. Levantamen­to do Deral (Departamen­to de Economia Rural) mostra que dos 244 mil hectares da segunda safra de milho em Londrina, 85 mil estão em área considerad­a ruim por conta da seca. A situação se agrava porque agora é época de início de colheita. “O milho já vinha sofrendo com problemas climáticos desde que iniciou o plantio e agora está sendo mais agravado”, destaca o economista do Deral, Marcelo Garrido.

O trigo é outra cultura cuja qualidade da lavoura tem sido prejudicad­a. “Até junho a situação era boa pelo trigo não precisar tanto de chuva. Mas esse longo tempo sem chover já faz começar a sentir”, justifica. “Impacta a cadeia toda. A produção de leite também sofre os efeitos em razão da qualidade da pastagem. Isso acaba refletindo no consumidor final, com preço maior, produto mais escasso ou com a qualidade pior”, afirma.

Garrido acrescenta que as regiões Norte e Noroeste do Paraná têm sido as mais afetadas pela falta de chuva e pelo tempo quente. “São mais afetadas porque têm as temperatur­as mais altas, diferentem­ente de Ponta Grossa e Umuarama, onde as máximas estão mais amenas. Então esse fator se torna um agravante, pois a planta sofre um ‘estresse’ alto.”

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