Árvore Digital ainda é desconhecida
Equipamento está em operação desde junho e pode ser utilizado gratuitamente para acessar internet
Instalada em junho na Praça Gabriel Martins, entre a rua Professor João Cândido e a avenida São Paulo, na área central de Londrina, a Árvore Digital pode ser utilizada gratuitamente por quem estiver a um raio de 30 metros do local e deseja acessar a internet. O serviço, porém, ainda é desconhecido e alguns usuários relatam que tiveram dificuldade no acesso.
“Eu nunca consegui usar, tentei pela última vez há duas semanas, não funcionou e então eu desisti”, revelou a vendedora Rosiane Pires, antes de tentar mais uma vez a conexão com o equipamento, na tarde de segunda-feira (22). “É, não funcionou mais uma vez, acho que não vou conseguir mesmo.”
A reportagem tentou conectar um celular à rede wi-fi da Árvore Digital e teve dificuldade. Após alguns minutos de tentativas, os únicos aplicativos que funcionaram com êxito foram os de envio e recebimento de mensagens, como o Whatsapp e o Messenger, do Facebook.
O serviço é disponibilizado por uma empresa de Maringá (Noroeste), que ganhou o processo de chamamento público feito pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). Segundo informações divulgadas pela prefeitura na época, o previsto era que o equipamento suportasse o acesso de até cem aparelhos, mas o que se viu foram poucas pessoas utilizando o serviço. “Eu nem sabia o que era isso aqui [Árvore Digital], achei que era uma luminária”, afirmou o segurança Daniel Gois, que estava sentado em um dos quatro bancos construídos ao redor da árvore. “Mas é bom saber, a ideia é boa, o celular é rápido. Eu uso a internet apenas para o essencial, mas deve ajudar muita gente que precisa por aí.”
A atendente de call center Vanessa Oliveira nunca tinha utilizado a árvore e aprovou a iniciativa. “Não sabia o que era direito [a instalação na praça], conectei e para o que precisei deu certo, então tudo bem”, apontou, informando que estava usando o Whatsapp. “Se for para usar os dados móveis toda vez que precisar da internet vai gastar demais.”
Não há um canal direto para reclamação com a empresa gestora do equipamento. Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Eduardo Ribeiro Bueno Netto, “será feito um contato com a CMTU, que foi a responsável pelo chamamento público, para que ela converse com a empresa que venceu a concorrência”. “A árvore está em operação e algumas pessoas que eu conversei conseguiram conectar e gostaram, mas é bom saber isso [sobre as dificuldades no funcionamento]”, completou o diretor.
Segundo a assessoria da CMTU, não foi registrada nenhuma reclamação sobre o equipamento.
SERVIÇO
Dúvidas, questionamentos ou reclamações sobre a Árvore Digital podem ser feitas na CMTU – fone (43) 3379-7900
Supervisão: Lucilia Okamura – editora Cidades