Dívida de campanha gera pendência para Araújo na Justiça Eleitoral
Vereador tucano nega acusação de publicitário de não ter pago por serviços prestados durante campanha à reeleição; há inquérito aberto na PF
Overeador Gerson Araújo (PSDB) participou de uma audiência de conciliação no juizado especial no Fórum de Londrina nesta quarta-feira (25). Trata-se de uma pendência de campanha. O publicitário Márcio de Albuquerque Júlio diz que prestou serviços por um valor combinado de R$ 35 mil em 2016 para a reeleição do tucano na Câmara Municipal de Londrina, mas não teria recebido. Araújo nega a acusação, e alega que Albuquerque prestou serviço “voluntário”, como os demais colaboradores.
Sobre o mesmo assunto, há um inquérito aberto na PF (Policia Federal) pelo promotor da 41ª Zona Eleitoral, Marcelo Briso Machado, que em tese apura suposto crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral: omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais
Segundo Albuquerque, o serviço foi prestado sem contrato nem emissão de nota, mas houve acordo verbal com provas da execução da campanha. “Fiz um trabalho estratégico com o genro dele. Depois da eleição eles consideraram que fosse doação, mas não faço obra de caridade.”
O publicitário também representou contra o tucano na Justiça Eleitoral no dia 5 de fevereiro de 2017. O argumento é que não consta da prestação de contas apresentada pelo então candidato – nem como serviços pagos nem como doação: “Tipificando falsa comunicação, como crime eleitoral.”
SEM CONCILIAÇÃO
da minha parte qualquer acordo ou qualquer possibilidade de pagamento. Eu não teria aceito a ajuda”, disse Araújo na saída do Fórum. Já na esfera eleitoral, o vereador disse que deve apresentar em dez dias a resposta na qual negará qualquer crime cometido. “Nós temos comprovante escrito, uma ata notarial, dele (Albuquerque) se oferecendo para ajudar como evangélico que ele é.”
PENDÊNCIAS
administrativa devido ao envolvimento no caso Iguaçu do Brasil, Araújo renunciou à Comissão de Ética. A condenação remete ao período em que Araújo foi prefeito de Londrina, após a cassação de Barbosa Neto no final de 2012.
Araújo teria feito declarações falsas para pressionar antigos proprietários a venderem um terreno localizado na Avenida Henrique Manzano (zona norte) para a Construtora Iguaçu do Brasil, empresa que deu calote em centenas de clientes e que também jamais pagou a proprietária.