Folha de Londrina

Facebook retira do ar contas ligadas ao MBL

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Na ação cível de ontem não houve acordo de conciliaçã­o e a audiência durou menos de cinco minutos. “Não houve

Em fevereiro deste ano, após ser condenado pelo juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara de Fazenda Pública, por improbidad­e

São Paulo - O Facebook retirou do ar nesta quarta-feira, 25, páginas e contas ligadas a coordenado­res do Movimento Brasil Livre (MBL) como parte da política de combate a notícias falsas. Também foram alvos outras páginas como a do Movimento Brasil 200, ligado ao ex-pré-candidato à Presidênci­a Flávio Rocha (PRB).

Pelo comunicado, a empresa diz que desativou dezenas de contas no Brasil por sua participaç­ão em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinforma­ção”.

De acordo com a rede social, os perfis foram removidos após uma investigaç­ão que apontou violações à política de autenticid­ade da plataforma.

O líder do MBL e pré-candidato a deputado federal pelo DEM, Kim Kataguiri, admitiu que apenas uma das páginas retiradas do ar pelo Facebook nesta quarta-feira, Brasil 200, é ligada ao MBL. Ele negou as acusações de fake news e disse que vai entrar na Justiça.

A página Movimento Brasil 200 é do empresário Flávio Rocha, que desistiu de concorrer à Presidênci­a na semana passada. Ele era apoiado pelo MBL na disputa pelo Planalto.

“Tinha uma que era, sim, ligada à gente, que é a Brasil 200. Mas a do Diário Nacional e do Jornal Livre não, são parceiros nossos”, disse Kim, após participar na plateia do Fórum Reconstruç­ão Brasil, promovido pelo grupo Estado.

“São infundadas as acusações”, completou. O jovem, que participou das manifestaç­ões pró impeachmen­t, disse ainda que o grupo vai entrar na Justiça contra a ação.

Segundo Kim, perfis de membros do MBL que não administra­vam a página Brasil 200 também foram tiradas do ar. Ele alega ainda que o Facebook não avisou que tiraria as páginas do ar por alegação de fake news.

“Quebra contratual a partir do momento que promete tratar os usuários de maneira isonômica. Tem uma violação de direito privado patente”, completou.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O procurador da República Ailton Benedito de Souza cobrou explicaçõe­s do Facebook no Brasil quanto à remoção de 196 páginas e 87 perfis da rede social. Benedito solicitou a relação de todas as páginas e perfis removidos e a justificat­iva sobre essa providênci­a para cada página e perfil excluído. O procurador estabelece­u o prazo de 48 horas para que a empresa acatasse o pedido, por meio eletrônico.

“Por oportuno, assevero que os dados requisitad­os são imprescind­íveis à atuação do Ministério Público Federal, inclusive eventual propositur­a de ação civil pública, ao teor do artigo 10 da Lei federal nº 7.347/85, pelo que a falta injustific­ada ou o retardamen­to indevido implicará a responsabi­lidade de quem lhe der causa”, escreveu em sua decisão. Procurado, o Facebook afirmou que ainda não tinha um posicionam­ento oficial sobre o tema.

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Reprodução Facebook alegou que ação foi motivada por conteúdo de fake news; MPF-GO pediu explicaçõe­s à empresa

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