Folha de Londrina

Pré-candidata do PcdoB propõe reforma do Estado

Para a candidata do PCdoB, Previdênci­a deve combinar idade mínima e reduÁão de jornada dos trabalhado­res

- Nelson Bortolin Reportagem Local

“OEstado brasileiro precisa de uma reforma profunda para aumentar sua capacidade de promover com eficiência e eficácia o desenvolvi­mento nacional, removendo inconsistê­ncias e entraves burocrátic­os que bloqueiam esse desenvolvi­mento.” A declaração é da pré-candidata do PCdoB à Presidênci­a da República, Manuela D’Ávila.

Ela defende uma reforma da Previdênci­a para recuperar a capacidade de financiame­nto público no Brasil, “preservand­o o direito das pessoas terem uma vida digna após deixar o mercado de trabalho”. “O sistema terá de se adequar à transição demográfic­a em curso no País. E uma linha possível de enfrentame­nto da questão poderia ser encaminhar a alteração das idades mínimas para aposentado­ria junto com a redução da jornada dos trabalhado­res ativos”, propõe.

Para ela, o controle da inflação deve ser combinado com metas de geração de emprego. “O fundamenta­l é aumentar a capacidade produtiva da economia nacional para ampliar a oferta de bens e reduzir preços”, diz a candidata.

Um governo da Manuela não se descuidari­a da questão fiscal. “É necessário recompor o equilíbrio das finanças públicas para para gerar superavits que diminuam o endividame­nto do Estado e ampliem sua capacidade de investimen­to de forma sustentada”, argumenta.

A pré-candidata se mostra realista em relação ao prazo para se atingir um superavit. “Será necessário um período de transição para viabilizar esse equilíbrio, durante o qual será necessária a adoção de medidas emergencia­is. O tempo dessa transição dependerá da profundida­de das medidas a serem pactuadas com o Congresso Nacional”, diz ela.

Manuela acredita que a relação dívida/PIB (Produto Interno Bruto) deve ser “diminuída para que o Estado brasileiro possa recompor sua capacidade de investimen­to de forma sustentada e duradoura”.

Mas o câmbio não deveria ser totalmente flutuante como manda a ortodoxia econômica. “O Estado deve assegurar uma taxa de câmbio que promova a competitiv­idade das empresas nacionais nos mercados interno e externo”, declara.

Leia amanhã entrevista com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

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Luiz Claudio Barbosa/Código19/Estadão Conteúdo Manuela D’Ávila: reforma é necessária para o Estado brasileiro “aumentar sua capacidade de promover com eficiência e eficácia o desenvolvi­mento nacional”
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