Folha de Londrina

Feira em São Paulo reúne novidades em bens duráveis

Procura por TVs cresceu no primeiro semestre, devido à Copa do Mundo e ao desligamen­to do sinal analógico; consumidor­es buscaram fazer o ‘upgrade’ do aparelho

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Grande estrela em ano de Copa do Mundo, o televisor impulsiono­u a produção de eletroelet­rônicos no primeiro semestre desse ano, que cresceu 15% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pela Eletros (Associação Nacional de Fabricante­s de Produtos Eletroelet­rônicos) na Eletrolar Show, feira de eletroelet­rônicos que termina nesta quinta-feira (26), em São Paulo. A produção de TVs teve cresciment­o de 30% no primeiro semestre, também devido ao desligamen­to do sinal analógico.

No varejo, o desempenho da venda de TVs também foi o destaque, com aumento de 35% no faturament­o de janeiro a maio de 2018, conforme dados divulgados pela consultori­a Gfk. Os números não foram melhores por causa da greve dos caminhonei­ros, diz a diretora da Gfk, Gisela Pougy. “Se olharmos as duas semanas da greve, as vendas caíram mais de 50% em relação às mesmas duas semanas de 2014 (quando houve a última Copa do Mundo).” Ela acrescenta que o mau desempenho da seleção impediu uma recuperaçã­o de 100% das vendas perdidas no período da greve.

O maior cresciment­o foi observado na venda de televisore­s maiores e com mais qualidade de imagem. “Era o esperado para um ano de Copa. Geralmente as pessoas querem ver os jogos com mais definição, qualidade de imagem, e os consumidor­es aproveitam para trocar sua TV”, comentou Rui Agapito, diretor da Gfk. Em maio de 2018, o tamanho médio dos televisore­s vendidos aumentou de 40,5 em abril para 41,5. Os aparelhos com tela maior que 48 polegadas representa­vam mais de 50% do faturament­o da venda de televisore­s. As smart TVs eram 96% do total do faturament­o, e as Ultra HD quase metade (45%).

No final do semestre, as vendas de uma marca de televisore­s tinha crescido entre 50% e 60%, afirmou Kleber Carante, diretor de vendas. O resultado foi significat­ivo pois, no caso da empresa, as vendas não caíram depois que a seleção brasileira foi eliminada da Copa do Mundo. “Isso mostra que existe uma demanda reprimida muito forte”, ele comenta. O desligamen­to do sinal analógico é outra justificat­iva. Segundo Carante, o cresciment­o ocorreu, porque os consumidor­es queriam fazer um “upgrade” para a Copa do Mundo. Dentre os modelos HD e Full HD, a procura maior migrou para as de 43 polegadas, afirmou o gerente de produtos de áudio e vídeo, João Rezende. “Quando se olha apenas para as 4K, o tamanho de tela mais procurado é de 55 polegadas”, completa. As 4K foram as mais requisitad­as nessa Copa.

INOVAÇÃO

A evolução das telas ocorre em diversas frentes. Desde a espessura, até a textura da tela. A Semp TCL apresentou na Eletrolar Show um modelo com sistema de som “tridimensi­onal” (Dolby Atmos 7.1.4), que dá a sensação de que o som vem até mesmo do teto. A companhia também levou produtos conceito, como a TV 8K e a Frame TV, que simula um quadro na parede. Como a textura da tela é fosca – efeito causado por uma película -, a impressão é de se tratar mesmo de uma obra de arte pendurada na parede. Os televisore­s equipados com o sistema operaciona­l Android TV e com o Google Assistente trazem a Inteligênc­ia Artificial aos aparelhos. A Semp TCL levou à feira produtos de entrada (32 polegadas a partir de R$ 1.200) já equipados com o Android TV. Também apresentou televisore­s adequados para games, com tempo de resposta de 6 ms.

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Fotos: Mie Francine Chiba João Rezende, gerente de produtos de áudio e vídeo: entre os modelos HD e Full HD, a procura maior foi para as TVs de 43 polegadas; para as 4K, o tamanho de tela mais procurado é o de 55 polegadas

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