Romantismo explícito no Festival de Música
O Ballet de Londrina estreou a montagem “A Dama das Camélias” na última terça-feira (24), no 38º FIML, levando ao Teatro Ouro Verde todo o romantismo da época em que o livro de Alexandre Dumas Filho foi escrito, na metade do século 19, abordando um amor impossível.
A coreografia de Leonardo Ramos e Marciano Boletti – que também assina a direção - enfatiza, sobretudo, duos e trios de bailarinos, além do conjunto harmonioso que levou em alguns momentos todo elenco ao palco. A montagem trouxe à plateia a inspiração de jardins e bailes românticos, com destaque para cenas eróticas compostas com maestria para a cortesã Marguerite Gautier – interpretada por Nayara Stangelli e Viviane Terrenta – e seus pares. A única coisa explícita foi mesmo o romantismo. Dançando um ballet clássico, a companhia ainda investiu em movimentos horizontais, no chão, que marcam sua trajetória.
Ao som de Chopin , interpretado ao piano por dois virtuoses – Olga Kiun e Allan Duarte Manhas – o resultado foi surpreendente por acolher o clima de uma peça literária que trata de amor e costumes, sem excessos ou pieguices. A direção musical de Marco Antônio de Almeida, diretor artístico do Festival, resultou numa reunião de competências.
Figurino e adereços cênicos de Rafhael Magalhães/ Jupe Ballet deram elegância à composição. A troca frequente de figurinos auxiliou no dinamismo das cenas que não caíram na monotonia, há vivacidade e dramaticidade do começo ao fim. A se destacar também a iluminação da Art&Luz e os cenários feitos através de parceria cultural com o Antiquário Simões e Hellen Artes.
O ballet teve na quarta-feira (25) suas duas últimas sessões, figurando como um dos momentos mais bonitos desta edição do Festival de Música que termina no próximo sábado (28).