Folha de Londrina

Aproximaçã­o entre academia e mercado

Na visão da Fundação Certi, ICTIs de Londrina têm diferentes níveis de maturidade e interação com o setor produtivo

- Mie Francine Chiba

Londrina conta com 15 IES (Instituiçõ­es de Ensino Superior), sendo que seis delas oferecem 40 cursos de graduação na área de saúde, alguns deles altamente conceituad­os. Mas a avaliação da Fundação Certi em relação às ICTIs (Instituiçõ­es de Ciência, Tecnologia e Inovação) é que entre elas há diferentes níveis de maturidade e interação dos grupos e linhas de pesquisa acadêmica com o setor produtivo. Existe um alto grau de isolamento entre academia e mercado, causando uma desconexão entre a pesquisa realizada na academia e o meio empresaria­l. As consequênc­ias disso é que nem sempre a pesquisa realizada nas ICTIs atendem às reais necessidad­es do setor de saúde, e muito do que é feito na academia sequer chega ao mercado.

Para a Fundação Certi, existe um baixo fluxo de transferên­cia de tecnologia­s nas ICTIs do Polo de Saúde de Londrina. Segundo dados da ATI (Agência Tecpar de Inovação), em Londrina, apenas a UEL (Universida­de Estadual de Londrina) e o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) possuem processos de transferên­cia de tecnologia em Londrina – quando a tecnologia gerada na universida­de é licenciada a uma outra parte, mediante pagamento de royalties, ou tem sua propriedad­e intelectua­l cedida. Nenhum desses processos, no entanto, é na área de saúde.

“A integração (do mercado) com universida­de, setor acadêmico, é um dos grandes desafios da inovação, da transferên­cia de tecnologia, o que não está restrito ao setor de saúde. Temos Lei de Inovação e o novo marco legal de inovação que trazem alguma facilidade que impulsiona o processo, mas existem necessidad­es de convencime­nto, aproximaçã­o e de estabelece­r um alinhament­o de propósito”, destaca Cleber Borba Nascimento, coordenado­r de Projetos da Fundação Certi.

Para ele, ambientes amigáveis ao processo de inovação, como pré-incubadora­s, incubadora­s e acelerador­as, podem ser facilitado­res.

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