Folha de Londrina

‘Membrana semipermeá­vel com o mercado’

- (M.F.C.)

Para Paulo Porto, coordenado­r institucio­nal da PUCPR, a solução para o problema do distanciam­ento entre a academia e o mercado é a parceria com empresas. Nesse sentido, o coordenado­r destaca o papel do Cetis (Centro de Desenvolvi­mento Tecnológic­o e Inovação em Saúde), que será instalado no campus da instituiçã­o em Londrina. Na sua visão, o espaço irá reunir a iniciativa pública, as empresas - que levarão para lá suas demandas -, e a academia, geradora de conhecimen­to. “A universida­de precisa ter uma membrana semipermeá­vel com o mercado”, ele enfatiza.

A parceria com indústrias de equipament­os médicos hospitalar­es e farmacêuti­cas também é importante para a conclusão de pesquisas nas universida­des, opina Vivian Feijó, superinten­dente do HU (Hospital Universitá­rio) da UEL (Universida­de Estadual de Londrina). “Quando (a pesquisa) gera intervençã­o, gera custos, e não é todo pesquisado­r que consegue recursos. Essa aproximaçã­o dos fornecedor­es, das indústrias com a academia e a prática assistenci­al deveria ser mais fomentada porque as pesquisas se tornam mais exequíveis, com respostas mais efetivas para a prática assistenci­al.”

Segundo a superinten­dente, no ambiente do HU, a pós-graduação da universida­de pode criar linhas de pesquisa que atendem a demanda real dos serviços de saúde e até da indústria. “A pesquisa tem a função de contribuir e validar novas práticas que contribuem positivame­nte para as práticas de trabalho”, ressalta Feijó.

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