Folha de Londrina

Alckmin prega calma para escolher vice

Após recusa de Josué Alencar, tucano afirma que nome não precisa ser necessaria­mente do centrão

- Daniel Carvalho Marina Dias Folhapress

São Paulo – O empresário Josué Alencar (PR-MG) encerrou o suspense nesta quintafeir­a (26) e comunicou oficialmen­te ao centrão que não será vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo Planalto. Os representa­ntes do centrão receberam uma carta de três parágrafos de Josué com a desistênci­a e agora discutem um plano B entre todos os partidos que compõem a coligação do tucano: DEM, PP, PR, SD, PRB, PTB, PSD, PPS e PV.

O presidenci­ável tucano disse nesta quinta-feira (26) que não é preciso haver correria para escolher um novo nome para ocupar o posto. Alckmin disse que falou com Josué por telefone ainda na noite de quartafeir­a (25). Na conversa, o mineiro não foi categórico, mas já dava sinais de que não aceitaria ingressar na disputa como vice. “Vamos nos debruçar agora sobre isso, mas sem correria. Tem uma semana para a gente definir”, disse Alckmin, adotando como data limite o dia 4 de agosto, quando o PSDB realiza sua convenção nacional.

Assim como o presidente do DEM, ACM Neto, responsáve­l por dialogar com Alckmin em nome do centrão sobre as possibilid­ades para vice, o tucano afirmou que o novo escolhido não precisa ser, obrigatori­amente, do bloco formado por DEM, PP, PR, SD e PRB, mas pode vir dos outros integrante­s da aliança - PSD, PPS, PV e PTB. Alckmin, inclusive, reuniu-se com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, nesta quinta. “O importante é o nome, a parceria, o trabalho conjunto. Tem ótimos nomes. Não tem pressa nessa decisão”, afirmou Alckmin.

INCOMPATIB­ILIDADES

O tucano terá uma primeira conversa com ACM Neto até esta sexta-feira (27). Além de resolver a própria candidatur­a, Alckmin tem que mediar, como presidente do PSDB, atritos entre seu partido e as legendas aliadas nos estados. Há incompatib­ilidades em colégios eleitorais importante­s, como Minas Gerais, onde nem Antonio Anastasia (PSDB) nem Rodrigo Pacheco (DEM) querem abrir mão de disputar o governo do estado.

“É natural que a aliança não se reproduza inteiramen­te em todos os estados. Cada estado tem sua singularid­ade própria. Onde puder juntar todo mundo, estamos fazendo um esforço”, afirmou o presidenci­ável tucano.

QUESTÕES PESSOAIS

“Por questões pessoais não posso aceitar. Estou convicto, contudo, de que os partidos unidos neste momento em favor de um Brasil melhor indicarão candidato a vice-presidente capaz de agregar muito mais força eleitoral e conhecimen­to político do que eu para o cumpriment­o da missão”, diz trecho da carta entregue por Josué Alencar para justificar sua recusa em ser vice de Alckmin.

Ganhou força a tese de que o novo convidado deve ser algum filiado ao PP, como o empresário Bejanmin Steinbruch ou a vice-governador­a do Piauí, Margarete Coelho.

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