Sem timidez
Com a Lava Jato, o Paraná rompeu com a acomodação e o estereótipo da timidez e isso dos dois lados porque estávamos bem representados na corrupção e naqueles que a amenizaram com as delações como o reincidente doleiro Youssef. E em meio a esse ambiente aflorou a candidatura presidencial de um senador da terra, Alvaro Dias.
É de esperar-se pela persistência de crítico ao governo e ao próprio partido em que militava ao ponto de pleitear uma CPI contra Fernando Henrique Cardoso e isso num momento de prestígio que ia além do país e tenha um bom desempenho como candidato pelo menos na região sul. Não será de surpreender se a questão localista levá-lo até a sair à frente do pleito no Paraná como indicam algumas pesquisas e simulações.
Quando da segunda etapa da licitação da usina hidrelétrica de Segredo denunciou formação de cartel entre as concorrentes e estabeleceu na emergência um consórcio de empresas da terra para tocar a obra, já precedida de tumulto no desvio do rio quando a empreiteira que figurava em quarto e último lugar teve o contrato adjudicado pela justiça federal em seu favor.
Até aqui, em termos paranaenses, Alvaro Dias aparece, e isso se dá pela terceira vez, em primeiro lugar, com 31,1, seguido de Bolsonaro, com 15,3 e de Lula, com 12,3, conforme um levantamento atribuído ao Instituto Paraná Pesquisas, em sondagem de 2 a 5 de julho. O informe, no entanto, é desmentido por Murilo Hidalgo, dirigente da organização e que tem sido vítima sistemática das “fake news” em veículos de expressão nacional. Não vai ser fácil controlar a empulhação no processo eleitoral.