Folha de Londrina

Ibovespa cai 1,31% com correção, mas encerra julho com ganho de 8,88%

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Ganho é sustentado pelo aumento do apetite do risco no exterior

A correção que fez o Índice Bovespa cair 1,31% na terça-feira (31), aos 79.220,43 pontos, não afetou significat­ivamente o bom desempenho do mercado de ações em julho. O principal índice da bolsa de valores brasileira terminou o período com valorizaçã­o de 8,88%, melhor resultado mensal desde os 11% de janeiro. A alta foi sustentada pelo aumento do apetite por risco no exterior. Quase todas as blue chips acumularam ganhos acima de 10% em julho. Algumas foram bem além, com altas superiores a 20%, como os papéis de Santander (+25,17%), Usiminas PNA (+21,17%) e Gerdau Metalúrgic­a PN (+24,43%). Vale ON (+10,59%) e Petrobras PN (+14,72%) também se destacaram.

Moeda americana acumula desvaloriz­ação de 3,15%

O dólar fechou julho acumulando desvaloriz­ação de 3,15%. Foi o primeiro mês de queda desde janeiro, quando perdeu 3,76% e fechou em R$ 3,19. Julho foi marcado pela falta de atuação extraordin­ária do Banco Central. Na sessão de terça, a moeda norteameri­cana acabou subindo, pressionad­a mais cedo pela disputa da formação da Ptax, e pelo desempenho no exterior, que subiu ante moedas como o peso mexicano, argentino e o rand, da África do Sul após a divulgação de indicadore­s de atividade melhores que o previsto. O dólar à vista fechou, em alta de 0,70%, cotado a R$ 3,7554. Em 2018, a divisa dos Estados Unidos avança 13,27% no Brasil.

Taxas de curto prazo ficam perto da estabilida­de

Os juros futuros terminaram a sessão regular perto dos ajustes anteriores nos contratos de curto prazo. As taxas longas fecharam em alta. As taxas de vencimento até 2020 pouco oscilaram, refletindo o compasso de espera pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), nesta quarta-feira (1). A taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,620%, de 6,627% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2020 fechou em 7,89%, ante 7,91% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 passou de 8,90% para 8,92% e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 10,30% para 10,36%. A taxa do DI para janeiro de 2025 avançou de 10,90% para 10,98%.

Copom deve manter Selic em 6,5%

Das 62 instituiçõ­es consultada­s pelo Projeções Broadcast, todas aguardam que o Copom mantenha inalterado o patamar da Selic em 6,5%. Na curva de juros, a precificaç­ão também mostra concentraç­ão das apostas nessa possibilid­ade. Com relação ao Federal Reserve, a expectativ­a é também de estabilida­de dos juros, na faixa entre 1,75% e 2%. Mas analistas acreditam que a instituiçã­o deve ressaltar pontos do comunicado anterior, como a inflação nos EUA confortáve­l ao redor da meta de 2,0%; que o mercado de trabalho, mesmo apertado, continua a evoluir; e que o desempenho da atividade está robusto, apontam economista­s consultado­s.

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