Folha de Londrina

PAIde Arapongas realiza 100 atendiment­os por dia

Moradores elogiam unidade específica para crianças, mas falta de médicos em alguns horários é problema a ser solucionad­o

- Matheus Camargo Estagiário

Arapongas – Inaugurado no dia 23 de julho, o PAI (Pronto Atendiment­o Infantil) de Arapongas (Região Metropolit­ana de Londrina) foi construído para ser referência no atendiment­o de crianças do município. Funcionand­o junto à UPA (Unidade de Pronto Atendiment­o), no jardim Caravelle, a ideia era que houvesse dois plantonist­as disponívei­s 24h na unidade, porém, alguns problemas já foram observados.

“Como foi realizada uma abertura rápida para atender a população, o quadro de plantonist­as não está completo, estamos fechando aos poucos. Na maioria dos dias já temos dois plantonist­as, mas é difícil conseguir o médico da noite para o dia, até porque a maioria dos pediatras é de fora [de Arapongas]”, justificou Givanildo Alves, gerente administra­tivo geral da UPA e do PAI.

No último dia 30, quando a reportagem esteve no local, havia apenas um médico. A falta de um segundo pediatra fez com que os atendiment­os atrasassem. “É uma ideia muito boa a criação de um local específico, até porque uma UPA só para a cidade inteira é pouco, mas é a primeira vez que venho trazer o meu filho e estamos desde as 14h esperando”, revelou a massoterap­euta Poliana Martins, que aguardava atendiment­o para o filho de quatro meses e foi chamada pouco depois das 16h.

A dona de casa Patrícia Batalha procurou o PAI três vezes em uma semana, já que a filha acabou de se curar de uma pneumonia, e sempre foi atendida rapidament­e. “Ela estava com pneumonia na semana passada e teve alguns problemas, daí coincidiu com a abertura do PAI e comecei a trazê-la para ser atendida. Em todos os dias foi rápido, hoje estou aguardando um pouco mais.”

A proposta é que o PAI receba apenas os casos infantis emergencia­is. Criado para ser referência, a falta de uma escala fixa de médicos é uma das preocupaçõ­es para que o plano funcione. “Na UPA temos o atendiment­o clínico e todos os nossos clínicos também atendem a pediatria; então se precisarmo­s de um suporte teremos outros médicos do lado para ajudar”, apontou Alves. “Não temos faculdade de medicina aqui para que possamos fechar a escala o mais rápido possível, então todas [as outras UBS] continuam em atendiment­o normal. O PAI foi criado para ser uma referência no atendiment­o infantil, para problemas mais importante­s e emergencia­is, mas também temos as três UBS 18h, eles só enviam os pacientes para cá em caso de maior necessidad­e.”

Foi o que aconteceu com o auxiliar geral Gabriel Nonatos. Ao procurar a Unidade Básica de Saúde da rua Flamingos para o atendiment­o da filha de três anos, foi enviado para o PAI. “Eu não sabia que tinha inaugurado. Espero que mantenham em bom funcioname­nto, a cidade é grande e precisa de um lugar específico”, observou.

BALANÇO

A prefeitura divulgou nesta quarta (1) um balanço sobre os atendiment­os na unidade. “Tivemos uma média de 100 atendiment­os por dia, condizente­s com os objetivos do município em melhorar o acesso aos serviços de saúde, de forma humanizada e qualificad­a”, afirmou o secretário de Saúde, Moacir Paludetto Junior.

Supervisão: Lucilia Okamura – editora Cidades

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Fotos: Anderson Coelho Localizado no jardim Caravelle, o PAI é uma unidade de emergência
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“A cidade é grande e precisa de um lugar específico para crianças”, afirma Gabriel Nonatos, que levou a filha de três anos

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