Folha de Londrina

Mais duas noites de

Na quinta (2) e na sexta (3) grandes nomes do blues desembarca­m em Londrina para o festival que se firma ano a ano

- Marian Trigueiros Reportagem Local

Depois da abertura da 8ª edição do Festival de Blues de Londrina com o guitarrist­a, cantor e compositor Kenny Brown, além dos anfitriões Acústico Blues Trio, a segunda noite de evento, nesta quinta-feira (2), às 21h, no Bar Valentino, vai surpreende­r ao mostrar que as fronteiras do gênero vão muito além do que se costuma imaginar. Taryn Szpilman fará uma viagem pelo tempo, mostrando como o blues se desenvolve­u e se misturou desde os anos 1920. Já os Blues Beatles fazem o caminho inverso ao dos quatro rapazes de Liverpool, trazendo-os de volta à raiz de onde o rock inglês cresceu e se desenvolve­u.

Carioca, Taryn Szpilman cresceu no meio de uma banda. Filha do maestro Marcos Szpilman, criador da Rio Jazz Orchestra, não só descobriu o viés musical muito cedo como logo partiu para estudar, aprimorand­o-se em diferentes vertentes que se complement­am como atriz, dubladora, figurinist­a, cantora, compositor­a e pesquisado­ra. Ao longo dos anos, tornou-se uma diva do jazz e blues nacionais, apimentand­o suas apresentaç­ões com a sensualida­de de uma pin-up. Taryn também ganhou destaque internacio­nal como intérprete de Elsa na animação “Frozen”, da Disney, como uma atriz e dubladora com o sucesso “Let It Go” ou “Livre Estou”, de Frozen, além de emplacar canções em novelas de época.

Para completar a noite, a banda “Blues Beatles”, formada por Marcos Viana (voz), Flavio Naves (piano), Bruno Falcão (baixo) e Fred Barley (bateria), reinventa a música dos meninos de Liverpool, tocando arranjos inovadores para clássicos como “Ticket to Ride” e “Yesterday”. Afinal, se os bluesmen americanos influencia­ram os Beatles no início de carreira, o quarteto inglês volta inusitadam­ente às raízes nas recriações dos Blues Beatles, conferindo um novo prisma para temas consagrado­s. Cada versão é meticulosa, desenvolvi­da para atrair tantos os fãs de blues quanto os fãs de Beatles. O resultado é uma mistura de hits inesquecív­eis com espaço para o improviso, incluindo solos de piano, guitarra, sax e muito suingue.

TERCEIRA NOITE

Na terceira noite do 8º Festival Blues de Londrina, na sexta-feira (3), o cantor Earl Thomas sobe ao palco – pelo segundo ano consecutiv­o acompanhad­o pelo guitarrist­a Igor Prado, em um show pensado para levantar o público. No mesmo dia, o festival também contará com uma veterana do cenário brasileiro do blues: a banda curitibana Mister Jack.

Nascido no Tennessee, Earl Thomas conhece o blues na raiz: seu pai era bluesman e sua mãe, cantora gospel. Indicado duas vezes ao Grammy, vai do blues ao soul com uma personalid­ade própria, reforçada pelo vocal imponente e seguro. Ele, que se prepara minuciosam­ente para cada show, não antecipa o que vai cantar em Londrina. No entanto, pode-se esperar por músicas de sua autoria já gravadas por grandes nomes - além de Etta James, sua lista conhecida inclui Solomon Burke e Tom Jones.

Já a banda curitibana Mister Jack possui 25 anos de estrada e retornou após alguns anos de intervalo na carreira. Surgida nos anos 90, quando o blues nacional passou por uma efervescên­cia com nomes como Blues Etílicos, Celso Blues Boy e André Christovam, a Mister Jack manteve uma agenda de shows agitada até por volta de 2010. Agora, prepara um disco autoral para lançar, em vinil, em 2019 e, enquanto isso, apresenta um repertório totalmente reformulad­o. A volta trouxe um repertório voltado para surpreende­r o público e a imensa lista de músicas que a banda tocava foi reduzida, dando enfoque para temas instrument­ais. A banda é formada por Bene Chireia (gaitista), Marcelo Ricciardi (guitarra), Paulo Cresta (baixo) e Edu Cardeal (bateria).

O festival termina no sábado (4) com apresentaç­ão da cantora Alma Thomas ao lado do lendário guitarrist­a argentino Victor Biglione. A mesma noite vai contar com o talento do guitarrist­a paulista Netto Rockfeller e banda.

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