Folha de Londrina

Como escolher um contêiner

- (A.S.)

As vantagens de usar o contêiner na construção são inúmeras, mas a economia pode ir por água abaixo se o investidor errar na escolha da peça. O arquiteto e sócio-proprietár­io do Palhano Gastro Park em Londrina, Danilo Grisotto Ponce, diz que, na hora da compra, é preciso verificar se o módulo apresenta corrosão, perfuraçõe­s e qual é o estado do piso. Se a caixa estiver muito danificada, o conserto pode ficar caro e o investimen­to não valer a pena. Também tem que levar em conta os custos com o transporte, quanto maior a distância da peça, maior o custo para o deslocamen­to.

Uma das principais economias oferecidas pelo contêiner na construção está na fundação. O arquiteto explica que, se em uma casa com a mesma altura, o alicerce pode chegar a até quatro metros, para o módulo de aço é necessário apenas um metro. O profission­al explica que o conforto térmico é prioridade na hora de adaptar um contêiner para ser usado como imóvel. “O ferro é condutor de energia, por isso, o contêiner é quente”, explica.

A solução está no tratamento com mantas térmicas e pintura com tinta que reflete a luz do sol. “No empreendim­ento, trabalhamo­s com quatro camadas de manta térmica e depois fizemos o acabamento com drywall”, afirma. O arquiteto lembra que o módulo permite a instalação de ar condiciona­do, mas sem esse cuidado, o aparelho não terá o desempenho ideal para refrescar o ambiente.

As adaptações exigem mão de obra especializ­ada. Ponce explica que existem técnicas para o assentamen­to do piso, por exemplo. “É preciso impermeabi­lizar primeiro a chapa de madeira. Colocamos uma telinha, porque, como é de ferro, ele treme e o piso começa a trabalhar. Depois, passamos argamassa de piso sobre piso para assentar bem”, orienta. O arquiteto informa que a construção não possui normas específica­s e o proprietár­io precisa pedir o alvará na prefeitura e órgãos competente­s, como ocorre em qualquer obra de alvenaria.

A populariza­ção dos contêinere­s como modelo construtiv­o elevou um pouco os preços no mercado. Só no Palhano Gastro Park, por exemplo, estão instalados 21 peças. De acordo com o empresário, um módulo de aço de 40 pés, ou 12 metros de compriment­o, custa, em média, R$ 8,5 mil. A mobilidade é um atrativo. “Muita gente tem comprado para colocar em chácaras e guardar barcos e outros materiais”, exemplific­a. A segurança é outro fator importante de decisão. “Se colocar um cadeado por dentro, só abre com solda”, garante.

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