Folha de Londrina

Cautela com cenário político faz dólar começar agosto em alta

-

Moeda norte-americana termina sessão com avanço de 0,09%

Após cair pela manhã e começo da tarde, com a entrada de recursos do exterior, o dólar acabou terminando o primeiro pregão de agosto em leve alta de 0,09%, cotado em R$ 3,7589. A principal expectativ­a para o dia, a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), acabou não trazendo maiores novidades. Operadores ressaltam que o cenário político segue no radar e ajudou a manter o tom de cautela no mercado de câmbio na parte final da tarde. No exterior, o dólar teve comportame­nto misto ante moedas de emergentes, subindo ante a lira turca e o peso argentino e caindo ante a divisa da África do Sul e do México.

Bovespa opera sem tendência definida à espera de novidades

O primeiro pregão de agosto foi morno no mercado brasileiro de ações, que operou sem tendência definida, com investidor­es operando em compasso de espera por novidades. O Índice Bovespa alternou pequenas altas e baixas ao longo do período e terminou o dia aos 79.301,65 pontos, com alta de 0,10%. Os negócios somaram R$ 9,9 bilhões. A decisão de política monetária do Fed em nada interferiu nos negócios por aqui. O BC dos Estados Unidos manteve inalterada­s as taxas dos Fed Funds e voltou a exibir tom gradualist­a em seu comunicado pós reunião. Da mesma forma, não se esperava alteração de juros na reunião do Copom, o que manteve tranquilos os mercados de juros e câmbio.

Ações do setor financeiro são destaques de alta no dia

A agenda de balanços também teve pouca influência sobre os negócios. As ações do setor financeiro foram destaque de alta. Itaú Unibanco PN avançaram 1,24%. Já as units do Santander recuaram 0,33%. A expectativ­a por um balanço positivo, a ser divulgado na sexta-feira (3), levou as ações da Petrobras a registrare­m ganhos de 0,59% (ON) e 1,47% (PN), apesar das quedas do petróleo no mercado internacio­nal. A commodity reagiu em baixa a relatos de que a produção da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (Opep) teria aumentado. Já Vale ON recuou 3,25%, totalmente linha com a baixa de 2,41% do minério de ferro no mercado à vista chinês.

Juros futuros fecham em direções diferentes reagindo a dólar e Selic

Os juros futuros fecharam em baixa nos vértices curtos e intermediá­rios, e com viés de alta na ponta longa, alinhados ao comportame­nto do dólar e à percepção de que o Copom reforçaria a ideia de Selic estável em 6,50% nos próximos meses. A taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) de janeiro de 2019 fechou em 6,620%, (máxima), de 6,622%, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 7,89% para 7,86%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 8,88%, de 8,92% no dia anterior, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 10,36% para 10,37%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,03% (máxima), de 10,98%.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil