Folha de Londrina

Setor químico é estratégic­o para desenvolvi­mento de Londrina

Estratégic­o para o desenvolvi­mento de Londrina, setor já tem pesquisas e desenvolvi­mento de produtos em parceria com instituiçõ­es e multinacio­nais

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Estudo aponta que a indústria química e de materiais é considerad­a um dos cinco setores estratégic­os para proporcion­ar avanço no desenvolvi­mento de Londrina. De acordo com a Federação das Indústrias do Paraná, o segmento gerou 1.310 empregos no município entre janeiro e maio. Forte concorrênc­ia nacional obriga empresas locais a investir em pesquisa. Ampliação de incentivos como isenção de impostos é apontada como caminho para alavancar o cresciment­o do ramo

Com empresas multinacio­nais, grandes empresas de destaque nacional e micro e pequenas, o setor da indústria química e de materiais em Londrina foi considerad­o um dos cinco setores estratégic­os com potencial para alavancar o desenvolvi­mento da cidade através da inovação. A constataçã­o é da Fundação Certi, que em estudo encomendad­o pelo Sebrae, fez uma análise das tendências (análise de tendências e cenários prospectiv­os), vocações econômicas (competênci­as produtivas instaladas) e potenciais científico­s (competênci­as científico-tecnológic­as existentes) da cidade para chegar a cinco setores estratégic­os para o planejamen­to do ecossistem­a de inovação de Londrina.

De acordo com informaçõe­s da Fiep (Federação da Indústria do Estado do Paraná) de 2016, Londrina é a terceira cidade com mais empresas no Paraná (52), atrás de Curitiba e Pinhais. Em 2018, o setor gerou 1.310 empregos no município, com participaç­ão de 6,2% nas vagas geradas no setor do Paraná. São vários os segmentos da indústria química na região: tintas, cosméticos, pesticidas, produtos de limpeza são alguns exemplos.

Apesar de Londrina não ser o maior gerador de empregos do setor – Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá e Araucária concentram 42,6% dos postos de trabalho -, a cidade se beneficia da pesquisa na área realizada dentro das universida­des, pondera Maria Gorete Hoffmann, coordenado­ra do Centro de Empreended­orismo Inovador da Fundação Certi. De acordo com ela, o setor químico e de materiais foi considerad­o estratégic­o porque existe um grande potencial de pesquisas nessa área dentro das universida­des e empresas da região. Além disso, o desenvolvi­mento de materiais inovadores pode dar suporte aos demais setores. “Química é a base para a solução de materiais inovadores, que apoiam o setor de agronegóci­o, têxtil, metalmecân­ico, móveis”, ela exemplific­a.

Para o gerente do Sebrae Londrina, Fabrício Bianchi, o setor é “chave” para os outros setores estratégic­os definidos pela Fundação Certi – cadeia do agronegóci­o, eletrometa­lmecânico, TIC (Tecnologia da Informação e Comunicaçã­o) e Saúde, diz. “Se o setor conseguir avançar, a economia da cidade vai ter uma oportunida­de única de agregar valor. É um setor com potencial de cresciment­o com agregação de valor para diferentes setores.”

COMPETITIV­IDADE

“O setor é forte, desenvolvi­do, e tem uma dinâmica muito grande”, observa o presidente do Sinqfar (Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuti­cas do Norte do Paraná), Allan Gomes Guimarães. Segundo ele, a forte concorrênc­ia nacional faz com que as empresas da região precisem estar em constante desenvolvi­mento. “Tem que brigar o tempo todo para aprimorar. A indústria já está pensando em 4.0. Tem que investir na melhoria dos funcionári­os e cresce porque está ligada à construção civil.” O segmento de tintas é o mais “pujante” na região, diz Guimarães. Conta com uma empresa que está entre as cinco maiores do País, e outra com bastante força na região.

Na visão de Guimarães, Londrina pode se tornar um polo do setor, mas é preciso investimen­to e incentivos, com a diminuição de impostos. Além disso, mão de obra especializ­ada é sempre uma demanda importante. Por outro lado, ele diz, já existe um trabalho grande de desenvolvi­mento da indústria química em parceria com a Fiep e as entidades do sistema S, ligadas à federação. A inovação também acontece dentro das empresas, que contam com equipes de pesquisa e desenvolvi­mento e trazem pesquisas de fora do País.

Se o setor conseguir avançar, a economia da cidade vai ter uma oportunida­de única de agregar valor.”

Tem que brigar o tempo todo para aprimorar. A indústria já está pensando em 4.0.

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Ricardo Chicarelli Em 2018, setor da indústria química e de materiais gerou 1.310 empregos em Londrina, com participaç­ão de 6,2% nas vagas geradas no setor do Paraná

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