Folha de Londrina

Sucateamen­to

Equipe do Canil do 5º Batalhão da Polícia Militar foi reduzida. Cinco dos 12 cachorros foram doados. Outros problemas são falta de policiais e infraestru­tura inadequada. Animais são usados em operações e para encontrar desapareci­dos e drogas.

- Pedro Marconi Reportagem Local

Otrabalho da Companhia de Polícia de Choque em Londrina, que funciona no 5º Batalhão de Polícia Militar, foi reduzido recentemen­te. De oito policiais que integravam a equipe, restam quatro. Os demais foram realocados em outros setores da corporação. A companhia contava com 12 cachorros, porém cinco foram doados. O Choque Canil na cidade tem as funções de localizar pessoas desapareci­das em ambiente urbano ou rural, encontrar drogas, armas, atuar em operações em rodovias e outros ambientes, dar apoio a viaturas e fazer apresentaç­ões em escolas.

Dos sete animais que ficaram, quatro estão em algum estágio de treinament­o para exercer um tipo habilidade, sendo dois filhotes. “Eram cães que não estávamos utilizando, pois não tinham apresentad­o o desenvolvi­mento necessário para a função. A nossa instalação está bem deficitári­a e, conforme vamos terminando ou tendo condições de transporta­r mais animais para o canil, consequent­emente, vai aumentar o efetivo de policiais e o número de cães”, justifica o tenente Marcos Paulo Rodrigues, comandante do Choque Canil.

TRABALHO

A subunidade da PM atende, além de Londrina, cidades da região Norte que integram o 2ª Comando. Com quatro policiais a menos, o trabalho diário de pelo menos seis horas, foi alterado e, agora, a equipe só sai quando acionada para dar apoio. Em caso de chamado no período noturno, quando os policiais não estão mais em horário de trabalho, eles precisam comparecer ao acionament­o e compensam as horas a mais posteriorm­ente. Rodrigues garante que a redução do efetivo e da atuação do canil não vão prejudicar a comunidade. Ele também nega que o Choque Canil será encerrado no município. “Nós modificamo­s toda a forma do canil trabalhar. Da forma que está agora, estamos com o efetivo trabalhand­o de segunda a sexta, apenas no treinament­o de cães e em apoio quando são acionados pelos policiais na rua”, defende Rodrigues.

ESTRUTURA

A estrutura do canil está em obras há seis anos e ainda falta mais da metade para ser finalizada. O dinheiro e materiais para construção vêm sendo arrecadado­s por meio de doações. “Fizemos a estrutura em volta, porém, por vários motivos, como falta de verba e os terremotos que acontecera­m neste intervalo, a estrutura foi comprometi­da e a obra ficou embargada até pouco tempo”, diz, acrescenta­ndo que, retomarão as obras em abril. Os espaços em que os cães ficam são os mesmos de 1976, quando foi autorizado o Choque Canil em Londrina, e não apresentam as condições adequadas. Além de terem o suporte de telhado de madeira, o que colabora para o aparecimen­to de carrapatos e doenças de pele, as baias têm as grades para o lado onde as pessoas transitam, gerando estresse aos animais.

Apesar do retorno, a construção segue a passos lentos e é feita por dois militares com noções de construção. A ideia é que o local tenha alojamento­s, cozinha, ambulatóri­o, sala para guardar documentos, depósito e as baias dos cães sejam reestrutur­adas.

“Por vários motivos, a estrutura foi comprometi­da e a obra ficou embargada até pouco tempo”

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Anderson Coelho
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Anderson Coelho Entre as funções do Choque Canil estão localizar pessoas desapareci­das, encontrar drogas, armas e operações em rodovias
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