Folha de Londrina

Empresa desenvolve produtos inéditos em parceria com multinacio­nais

Processo de inovação foi estabeleci­do com investimen­to e engajament­o de todos os funcionári­os

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Todos os anos, uma indústria londrinens­e de tintas realiza encontros com fornecedor­es e clientes para a geração de produtos inovadores. Desses encontros, resultaram dois produtos considerad­os inéditos no mercado: uma tinta branca para o telhado e um pigmento em pó com nanopartíc­ulas concentrad­as. O primeiro produto foi desenvolvi­do em parceria com uma empresa norte-americana e o segundo com uma empresa europeia.

A tinta branca para telhado faz a refletânci­a dos raios solares e é capaz de diminuir a temperatur­a interna de edificaçõe­s – especialme­nte barracões industriai­s - em até 7º. O pigmento foi desenvolvi­do com nanotecnol­ogia para obter um pó com dispersão e pigmentaçã­o maiores. Além disso, reduz o investimen­to do lojista, já que dispensa a necessidad­e de uma máquina dosadora e de um batedor para a dosagem e a mistura do pigmento na tinta base, que custam em torno de R$ 28 mil. O pó vem em sachês já na medida certa e a mistura pode ser feita até mesmo manualment­e.

Para Marco Antônio Silva, diretor financeiro da Hydronorth, o que permitiu que a empresa, prestes a completar 37 anos, tivesse um processo estabeleci­do de inovação foi o investimen­to, o desenvolvi­mento dos funcionári­os, o engajament­o deles e o envolvimen­to de toda a organizaçã­o, inclusive da alta gestão, nesse trabalho. “Acredito que estes sejam alicerces para um processo de inovação. Demora anos uma mudança cultural.” A companhia também usa um software de gestão de inovação e encoraja colaborado­res de todos os setores a lançarem suas ideias de inovação em produtos ou processos no software. Cada funcionári­o tem um login no sistema e as ideias aprovadas são aquelas que geram valor, de alguma maneira, para a empresa.

LONDRINA POLO

Marco Antônio Silva, diretor financeiro da Hydronorth, empresa de tintas de Londrina, diz não ver a região de Londrina como um grande polo. A maior parte de seus clientes está na Região Sudeste. É lá também que se encontram seus principais fornecedor­es, sem contar China e Ponta Grossa. Mas a empresa se estabelece­u aqui devido às suas raízes e da relação dos fundadores com a região. “Não somos uma região rica em recursos. Não vejo Londrina como uma região rica em matéria-prima, mas que já tem um número grande de empresas. Ela pode se tornar polo, falta as empresas, de forma organizada, planejarem melhor o setor junto com uma unidade de classe, sindicatos, associaçõe­s.”

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Ricardo Chicarelli Indústria de tintas de Londrina criou dois produtos inovadores em parceria com empresas europeia e norte-americana

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