Arapongas realiza trabalho integrado entre PM e GM
Arapongas - A 7ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), conta com um canil desde 2010 que funciona em parceria com a GM (Guarda Municipal). O trabalho da equipe, formada por quatro militares e dois guardas, também prevê que os GMs e policiais se desloquem na mesma viatura e trabalhem em uma mesma ocorrência.
Atualmente, o canil possui dez cães, de raças como Pastor Alemão, Pastor Belga e Bloodhound, que realizam as atividades de faro de entorpecentes, drogas, munições, localização de pessoas, patrulha e apresentação para crianças, o chamado “showdog”. “A principal demanda que atendemos é faro de drogas. Temos acionamentos para rastreio de pessoas, principalmente criminosos, e patrulha. Quando os batalhões da região pedem também vamos dar o apoio”, explica o cabo Paulo José dos Santos, responsável técnico pelo canil.
O canil funcionava em uma área cedida por uma universidade e, em 2011, foi inaugurada uma estrutura, construída com verba do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança). O espaço conta com cozinha, dormitório, depósitos e ambulatório para situações de rotina e emergência. Em casos que demandam mais tempo de cuidado, os cachorros são tratados em uma universidade que mantém convênio com a corporação.
Cada cão tem seu boxe, que dispõe de área coberta e para tomar sol, além de bebedouro automático. A parede é com cerâmica e a armação do teto não tem madeira para evitar parasitas. A porta conta com sistema que facilita a entrada e saída do animal da parte coberta e para a limpeza. A alimentação dos animais é balanceada e as vacinas precisam estar sempre em dia. Quando uma medicação é aplicada precisa ser registrado em documentações. As viaturas que carregam os animais são adaptadas.
CONDUÇÃO
Santos esclarece que cada guarda e policial tem a ‘posse’ do cachorro que conduz. “É possível dois PMs conduzirem o mesmo cão, mas o animal precisa ser treinado especificamente para isso, porque o adestramento foi realizado com o policial determinado para entender o comando”, exemplifica o cabo, que também é o médico veterinário do canil integrado. Cada corporação arca com os gastos de seus cães. Alguns animais foram adquiridos junto às companhias com canil ou são animais que competiam.
Para localizar drogas, o material é apresentado para o cão farejar e posteriormente ir em busca. Quando acha a recompensa é um brinquedo. “Temos autorização judicial para possuir esta droga, testamos o máximo possível a pureza, o manuseio é cauteloso. Os animais não têm contato diretamente com as substâncias; para ele tudo é uma grande brincadeira.”
Trabalhando com cães pela PM há 16 anos, o cabo Paulo Santos aponta que o cachorro é uma ferramenta insubstituível. “O cão faz um trabalho que o ser humano sozinho não consegue. Tem uma capacidade olfativa muito grande, além do poder de mordedura para captura, o poder de intimidar”, elenca.