BOLA PRO MATO
Que Roberto Fonseca seja o último técnico do LEC no ano e que tenha êxito em sua missão
Planejamento é algo fundamental na vida de cada um, nas empresas e, claro, no futebol. Sem planejamento, você perde oportunidades de progredir, você pode regredir e provavelmente vai perder dinheiro pelas decisões atropeladas que terá que tomar no meio desse caminho mal planejado. A temporada de 2018 do Londrina está sendo assim. Ela começou lá em 2017 ainda, quando o técnico Claudio Tencati avisou que deixaria o clube. De lá para cá, foi uma sucessão de decisões erradas que podem justificar este momento que o clube vive, de entrar na zona de rebaixamento e de não inspirar confiança de que sairá dela assim tão facilmente.
Escolhas erradas de jogadores e treinadores, algumas pelo preço baixo, outras pelo parceiro que indicou, outras por apostas que não vingaram. A verdade é que estamos em agosto e o Londrina ainda não tem um time. Tem um catadão, que de vez em quando conta com a inspiração de um ou outro jogador e respira.
Roberto Fonseca é o quarto pai para esse filho problemático em 2018. A aposta é na identificação do treinador com o clube, do qual foi jogador e treinador em outras duas oportunidades, e pelo seu histórico de assumir clubes nesta condição em que o Tubarão se encontra.
Fonseca tem a missão de construir uma defesa confiável, o que não ocorreu até agora este ano, um meio-campo que crie, outra lenda de 2018, e um ataque que consiga marcar gols. O setor ofensivo, porém, é o que está mais bem servido em termos de qualidade. Se os atacantes não fizeram mais gols, talvez a causa principal esteja na criação das jogadas. A outa missão dele é dar uma injeção de ânimo no elenco. Não é possível o time aceitar passivamente as derrotas como vem ocorrendo. Falta um algo mais em campo. Se não tem técnica, vai na raça, mas vai. Consertar um time sem ter tempo para isso e sob pressão é muito mais difícil. Mas não tem outro jeito se quiser escapar da degola. Que o Fonseca seja o último técnico do ano e que tenha êxito em sua missão. Para isso, precisa que a torcida também entenda seu papel. Afinal, um time vencedor não é feito só de jogadores e comissão técnica.