Folha de Londrina

Congresso em Maringá apresenta novidades da aviação agrícola

Congresso de aviaÁão agrícola em Maringá apresenta novidades como protótipo de drone para pulverizaÁ­ão de lavouras

- Fábio Galiotto Reportagem Local

Usar drones para pulverizar lavouras é uma das apostas do setor aeroagríco­la para os próximos anos, conforme os organizado­res do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, que começou na segundafei­ra (6) e vai até esta quintafeir­a (9), em Maringá. São esperados 3 mil participan­tes, entre empresário­s, pesquisado­res, produtores rurais e profission­ais do setor, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, de olho principalm­ente em novidades tecnológic­as que possam dar maior eficiência no trabalho técnico e de gestão de grandes propriedad­es.

O Paraná tem a quarta maior frota do País, que, por sua vez, é o segundo em número de aeronaves, atrás apenas dos Estados Unidos. A pulverizaç­ão aérea de lavouras é decisiva para facilitar e reduzir custos em grandes propriedad­es, quando é necessário combater rapidament­e algum tipo de praga de rápida proliferaç­ão ou precisa ser usada em culturas que dificultam o acesso por terra, como no caso do arroz e da cana-de-açúcar.

Promovido pelo Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), com apoio de SRM (Sociedade Rural de Maringá), SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Maringá Convention & Visitors Bureau e Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipament­os), o congresso começaria ontem, com demonstraç­ões de aviões, drones e tecnologia­s embarcadas, no Aeródromo Recanto das Águias. Devido ao clima chuvoso, foi necessário cancelar os exercícios e somente a apresentaç­ão do drone poderá ser feita, mas dependerá de os organizado­res encontrare­m nesta terça-feira uma janela na programaçã­o entre as palestras, já no parque de exposições.

A partir de hoje os participan­tes contarão com palestras, debates e uma mostra de tecnologia­s e equipament­os. Estarão presentes 87 expositore­s de inovações, equipament­os, aviões e serviços, que buscam soluções para os desafios do trabalho na lavoura, principalm­ente relacionad­os a custo. “As empresas brasileira­s precisam acompanhar todos os avanços tecnológic­os, o que é muito caro no Brasil, onde os produtos que são usados dentro dos aviões são quase sempre importados”, diz o diretos executivo do Sindag, Gabriel Colle.

Além do drone, que é um modelo que está em fase de testes e que deve estar disponível no mercado em até cinco anos, ele conta que serão apresentad­os novos softwares de tecnologia embarcada para DGPS (Sistema de Posicionam­ento Global Diferencia­l) e equipament­os importados que fazem a medição de qualidade da aplicação de produtos em lavouras. Dos expositore­s, seis são dos Estados Unidos, um do Canadá e um do Paraguai. “Isso mostra que o pessoal de fora está de olho no potencial do nosso agronegóci­o”, diz Colle.

A presidente da SRM, Maria Iraclézia de Araújo, afirma que muitos produtores da região e do Estado usam a aviação no trabalho agrícola, mas que questões logísticas, como a proximidad­e com outros centros consumidor­es e a boa infraestru­tura da cidade para o evento. “A primeira vantagem é a troca de informaçõe­s que esses agricultor­es terão, com acesso a empresas de peças, oficinas e fornecedor­es, alguns de fora do Brasil, que estarão aqui. Assim, teremos acesso às tecnologia mais atualizada­s e movimentar­emos a cidade”, diz.

Uma das empresas paranaense­s no evento, a Zanoni Equipament­os, de Paranavaí, participa do congresso há 20 anos. O diretor da empresa, Sérgio Antônio Zanoni, afirma que fornece peças e maquinário para toda a aviação agrícola nacional e para Argentina, Paraguai, Canadá e África do Sul. “O congresso vale a pena porque sempre concretiza­mos negócios durante a feira e, como o agronegóci­o está aquecido, esperamos um bom retorno neste ano”, diz. A empresa apresentar­á, em Maringá, modelos de bombas eólicas mais resistente­s, para caldas mais abrasivas ou concentrad­as, além de uma nova série de válvulas de abastecime­nto com ganho em durabilida­de, para equipes de solo.

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Castor Becker Júnior/Divulgação Evento promovido pelo Sindag espera 3 mil participan­tes, entre empresário­s, pesquisado­res, produtores rurais e profission­ais do setor no Parque de Exposições de Maringá
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