Folha de Londrina

Os desafios do Brasil por mais competitiv­idade no agronegóci­o

- (A.M.P.)

São Paulo - O embaixador Sérgio Amaral comentou sobre a guerra comercial, iniciada pelo governo dos Estados Unidos com a China e países do bloco europeu. “Não somos alvo, mas sofremos as consequênc­ias de forma indireta”, disse. “Se os chineses imporem sanções, por exemplo, na exportação da soja americana, eles [chineses] vão precisar de outros mercados para suprimir a demanda e o Brasil pode ser beneficiad­o, juntamente com a Argentina, assim como se a China fechar um acordo com os Estados Unidos, pode ser que percamos um mercado importante”, analisou.

A questão americana, aliás, também pode ser uma oportunida­de para o Brasil porque, segundo Amaral, o país havia perdido o trem das relações comerciais internacio­nais em governos anteriores. “Em decorrênci­a da política adotada pelo governo Trump, o trem parou e nosso País, agora, tem a oportunida­de de embarcar neste trem, por meio do Itamaraty, que reiniciou a negociação por acordos com diversos blocos e países”, ponderou.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, comentou que a agenda de negociaçõe­s do Itamaraty engloba acordos com o Japão, Canadá, Coreia do Sul e a Aliança do Pacífico, além de estar revitaliza­ndo os acordos comerciais do Mercosul.

Nunes ainda destacou dois pontos relacionad­os ao agronegóci­o: a luta contra as barreiras sanitárias e fitossanit­árias e que em termos de sustentabi­lidade o Brasil é uma referência e não precisa receber lição de nenhum país. “Há ainda muita coisa a ser feita, mas nossa produção agrícola preserva mais de 60% da cobertura vegetal, original, inclusive”, disse.

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